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É justo dizer que, das quase 52 mil pessoas que foram à Arena no sábado, a maioria esperava - ou temia - testemunhar uma vitória gremista. Afinal, o Tricolor vive um momento de atuações quase mágicas, enquanto o Inter sofre com maus resultados, com direito a boatos de demissão iminente do treinador Odair Hellmann. O que se teve, porém, foi um jogo de poucas chances e sem gols, no qual a marcação incansável do Colorado acabou sendo vitoriosa diante do sempre insinuante, mas insuficiente toque de bola tricolor.
Apesar das muitas críticas à atuação da arbitragem, o Grêmio manteve a sequência invicta nas três competições que disputa. O Inter, por sua vez, chega a quatro jogos sem vitória e segue na metade de baixo da tabela do Brasileiro, mas pôde comemorar um resultado melhor do que muitos previam antes de a partida começar.
Já pressionado pela necessidade de reabilitação, o Inter teve uma surpresa antes de a bola rolar, com D'Alessandro ficando no banco após sentir desconforto na coxa esquerda. Também sem William Pottker, expulso na rodada anterior, Hellmann optou por Rossi, deixando Nico López, autor dos dois gols no Brasileirão, fora da partida. Zeca, contratado para resolver a lateral direita, acabou compondo a linha de quatro no meio-campo.
No lado azul do clássico, a surpresa foi Madson, que foi a campo no lugar de Léo Moura. Único suspenso, Ramiro foi substituído por Alisson, de boa atuação contra o Goiás, na Copa do Brasil.
Antes de a bola rolar, o minuto de silêncio foi para Fábio Koff, dirigente histórico do Grêmio falecido dias antes. Os aplausos foram intensos, com adesão inclusive de colorados. Após a homenagem, os primeiros minutos mostraram um Inter marcando forte, tentando dificultar a saída de bola tricolor. Mesmo dono das iniciativas, o Grêmio encontrava dificuldade para criar chances de gol, e quem chegava no contra-ataque era o Colorado, embora sem maior perigo.
Com o passar dos minutos, a superioridade técnica gremista ficava mais clara. Aos 29, a torcida indignou-se com um suposto pênalti sobre Cortez, não assinalado. Ao final da primeira etapa, a posse de bola do Tricolor aproximava-se dos 80%, mas dava para contar as conclusões nos dedos de uma mão - sinal de que, mesmo sem brilhantismo, a estratégia colorada não deixava de ter sucesso.
Grêmio amplia pressão, mas Inter resiste e garante empate na segunda etapa
Após a conversa de vestiário, o Grêmio voltou a campo dando sinais claros de querer resolver a partida o mais rápido possível. Antes dos dois minutos, depois de uma sequência de três escanteios, André perdeu um gol feito. Pressionado, o Inter segurava como podia, tentando sobreviver ao momento.
Após alguns minutos angustiantes para o torcedor colorado, a situação voltou a ser mais ou menos a do primeiro tempo. O cenário dava a entender que o gol gremista podia acontecer em breve, mas, ao mesmo tempo, faltavam as conclusões tão necessárias.
Aos 30 minutos, nova polêmica: a bola bateu no braço de Victor Cuesta, mas a arbitragem mandou seguir. O lance marcou uma investida final do Tricolor em busca da vitória. Dois minutos depois, Madson ficou livre após cobrança de Alisson, mas chutou longe. Aos 35, Madson teve de novo a chance em cabeceio, mas Danilo Fernandes salvou. No rebote, Geromel furou em bola. E Luan, aos 36, chutou de fora da área, com muito perigo. Apesar da pressão, o Inter manteve foco absoluto na marcação.
Ao fim do jogo, mais polêmicas. Descendo aos vestiários, D'Alessandro desentendeu-se com Luan e o atingiu com o punho fechado, o que pode resultar em denúncia contra o craque colorado. Para o lado azul, a preocupação vem do lançamento de um sinalizador no gramado, que gera o risco de perda de mando de campo.
Ontem mesmo o Grêmio rumou para a Venezuela, onde enfrenta o Monagas, amanhã, pela Libertadores. Já o próximo compromisso colorado é dia 21, contra a Chapecoense, em casa.
| Grêmio 0 x 0 Internacional | |
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Marcelo Grohe; Madson, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Arthur (Cícero), Maicon, Alisson, Luan e Everton (Lima); André (Tonny Anderson). Técnico: Renato Portaluppi. |
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Danilo Fernandes; Fabiano, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado; Rossi (Juan Alano), Zeca (Gabriel Dias), Patrick e Lucca; Leandro Damião (Brenner). Técnico: Jair Ventura. |
| Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) | |