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Indústria têxtil

- Publicada em 14 de Maio de 2018 às 15:51

Bia Brazil Activewear amplia negócios dentro do País


LUIZA PRADO/JC
Uma das empresas brasileiras de confecção com maior presença no mercado externo planeja ampliar também os negócios dentro do País. A Bia Brazil Activewear, com sede em Porto Alegre, está entre as líderes nacionais de exportação de roupas de ginástica, vendendo para mais de 60 países, inclusive com novas lojas licenciadas entrando em operação neste ano. No âmbito nacional, a perspectiva é de abrir franquias em outros estados.
Uma das empresas brasileiras de confecção com maior presença no mercado externo planeja ampliar também os negócios dentro do País. A Bia Brazil Activewear, com sede em Porto Alegre, está entre as líderes nacionais de exportação de roupas de ginástica, vendendo para mais de 60 países, inclusive com novas lojas licenciadas entrando em operação neste ano. No âmbito nacional, a perspectiva é de abrir franquias em outros estados.
Em torno de 90% da produção da Bia Brazil é exportada - uma ênfase que começou já nos primeiros anos da empresa, na década de 1990. Desde então, a confecção acumula prêmios e distinções - entre eles, o Destaque Exportação da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) de 2016. Uma trajetória na qual a superação de desafios é constante - especialmente para satisfazer clientes e varejistas de outros cantos do mundo. "O produto tem de ser diferenciado. É preciso entrar na cultura do (outro) país para fazer itens customizados. É um mercado muito competitivo", descreve a CEO da empresa, Beatriz Dockhorn, que acrescenta: "Tem muita gente fazendo moda fitness no Brasil, é preciso ter um controle de qualidade muito grande. Em alguns países, por exemplo, as roupas são lavadas com água quente, então o produto tem que resistir a isso".
A empresa não ficou imune aos efeitos da recessão, com perdas significativas de pessoal - a fábrica de Porto Alegre - que já teve mais de 70 funcionários - tem, hoje, em torno de 35 pessoas atuando na produção. "Os empresários tiveram que reduzir pessoal em todas as fábricas do Brasil. E ainda não vi o governo incentivar a voltarmos a contratar. As pessoas acham que a situação melhorou, mas está tão difícil quanto no ano passado", alerta Beatriz. "O faturamento era maior até 2012 e 2013, e, agora, está começando a subir de novo. Pegamos reflexos da crise na Europa, também. Os ciclos de altos e baixos são constantes, exigem preparo", relata a gestora, também presidente da Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços do Esporte (Abrese).
Um obstáculo extra veio em 2008, quando a fábrica foi atingida por um incêndio. "Perdemos tudo e quase desistimos", admite Beatriz, lembrando que, naquele momento, o respaldo internacional da marca foi decisivo: "Os clientes externos adiantaram dinheiro dos pedidos de 2009 (para ajudar a empresa). Aí, nos fixamos ainda mais na exportação".

Portugal e São Paulo terão novas lojas

Com lojas licenciadas em países como Estados Unidos, Portugal, Líbano, Croácia, Paraguai, Finlândia e Suécia, a Bia Brazil terá dois novos pontos em terras portuguesas no próximo semestre - em Porto e Cascais. "As lojas de licenciamento seguem o projeto enviado pela empresa e são exclusivas", explica Beatriz Dockhorn. No Brasil, a aposta é em franquias: uma foi aberta em 2017 no BarraShoppingSul, e outra deve ser implantada em São Paulo no segundo semestre. "Temos que aumentar o leque (de negócios) dentro do País, temos toda uma história", diz a gestora.