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Paralisação

- Publicada em 29 de Maio de 2018 às 22:15

Paralisação afeta mais indústrias no Rio Grande do Sul

Parada é provocada pela falta de combustível e de químicos em geral usados na produção

Parada é provocada pela falta de combustível e de químicos em geral usados na produção


/EURICO SALLES/DIVULGAÇÃO/JC
A indústria começa a sentir de forma mais intensa os impactos na produção em função da crise de abastecimento sofrida com a paralisação dos caminhoneiros. Nesta terça-feira, a greve fez mais uma vítima entre as empresas que operam no Rio Grande do Sul.
A indústria começa a sentir de forma mais intensa os impactos na produção em função da crise de abastecimento sofrida com a paralisação dos caminhoneiros. Nesta terça-feira, a greve fez mais uma vítima entre as empresas que operam no Rio Grande do Sul.
A CMPC Celulose Riograndense está parando a unidade em Guaíba. A planta do grupo chileno já vinha diminuindo a produção nos últimos dias e iniciou o seu processo de parada total, o que deve acontecer até esta quinta-feira (31), informou a direção da companhia.
O presidente da CMPC Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, explica que um complexo do tamanho da companhia não tem como interromper a produção de uma hora para outra. O executivo detalha que a parada é provocada pela falta de combustível e de insumos químicos em geral usados na produção. Nunes prefere não fazer, por enquanto, estimativas do prejuízo da empresa com a parada forçada. A planta industrial, localizada em Guaíba, tem capacidade para processar até 1,8 milhão de toneladas de celulose ao ano.
Em princípio, situações como essa não estão previstas na cobertura dos seguros, observa o executivo. Nunes estima que o reabastecimento dos insumos necessários à produção leve cerca de dois dias, tempo para reativar a unidade. Em julho de 2017, o complexo também teve paralisação, mas parcial, atingindo a planta mais nova e mais robusta, que processa 1,45 milhão de toneladas ao ano), mas devido a problemas técnicos, o que gerou perdas de mais de US$ 200 milhões para a CMPC e queda nas divisas com exportações. A operação voltou em novembro.
Além da celulose, o complexo deixará de produzir momentaneamente papel, produtos químicos e energia elétrica. O diretor-presidente lamenta a situação e destaca que "o movimento dos caminhoneiros é justo, entretanto não é possível admitir que as mobilizações perdurem devido a uma motivação política". "Alguns anarquistas estão tentando se apoderar dessa movimentação originada pelos caminhoneiros para justificar a sua insatisfação, a sua contrariedade ou até a sua oposição ao governo que está aí", critica Nunes.
Outras duas gigantes do Rio Grande do Sul também estão paradas em função do desabastecimento de matérias-primas e insumos. A Randon S.A. Implementos e Participações, cuja previsão era ficar parada até segunda passada, ampliou o prazo. A Marcopolo está com as suas atividades nas unidades no Brasil suspensas até 1 de junho em razão do desabastecimento das linhas de produção.
A Gerdau revelou, nesta terça-feira, que a paralisação dos caminhoneiros no território nacional está impactando a sua produção e o transporte de insumos e produtos. "A companhia está tomando todas as medidas preventivas e mitigatórias possíveis com o intuito de minimizar os impactos decorrentes da atual conjuntura nacional", diz a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ressaltando que suas operações no exterior seguem normais.
Através de comunicado, o Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip) informou que as equipes administrativas que atuam nas empresas do Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul seguem dispensadas, a fim de direcionar os recursos de transporte e alimentação para as equipes de turno. Ainda segundo o Cofip, as plantas operam em plena segurança e com redução de carga. As empresas acompanham com atenção os desdobramentos da greve para retomar gradualmente suas atividades.
A planta da General Motors, em Gravataí, a exemplo de outras montadoras, também está sem operar. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou, na quinta-feira passada, que todas as empresas iram interromper a sua produção - isso significa 65 unidades entre fabricantes de automóveis e motores, localizados em 42 municípios.
Até o momento, um terço de toda a produção de calçados está parada nas fábricas sem conseguir ser distribuída, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). A entidade estima que, se a situação não for regularizada até esta sexta-feira, 85% das fábricas devem suspender a produção por falta de insumos.

Farmácias no Rio Grande do Sul enfrentam falta de medicamentos e produtos

Apesar de não estarem desabastecidas, drogarias e farmácias do Estado enfrentam falta de medicamentos e outros produtos pontualmente - em especial, aqueles utilizados de maneira contínua. Pela avaliação do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul (Sinprofar), neste aspecto, o "dano à saúde pública está consolidado".
Mãe de gêmeos de oito meses, Christine Rondon protagonizou um dos casos de consumidores que encontram dificuldades em localizar produtos nas farmácias locais, mas acabaram tendo acesso ao item necessário em alguma medida. "Compro Nan Supreme para meus filhos pela internet, quando percebi que não conseguiria o produto, percorri quatro farmácias da região, e também estava em falta", conta. Assim, ela resolveu fazer uma postagem no Facebook, alertando sobre a falta do suprimento necessário aos seus filhos. A publicação foi atendida por familiares e amigos, que repassaram a Christine mais de 20 latas do produto.
A Sinprofar garante que não há, até o momento, maiores preocupações com desabastecimento total no setor. Por outro lado, mostra-se preocupada com a situação em alguns pontos do interior do Rio Grande do Sul.
 

Porto-alegrenses vivem rotina de filas em postos

Vitor Fernandes madrugou para abastecer na rua Domingos Crescêncio

Vitor Fernandes madrugou para abastecer na rua Domingos Crescêncio


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
A rotina dos porto-alegrenses tem sido marcada, nos últimos dias, por um movimento: casa, fila de posto de combustíveis e trabalho, quando é possível. Nesta terça-feira (29), uma lista liberada pela prefeitura de que 94 postos estariam abastecendo motivou mais proprietários de veículos a irem aos estabelecimentos. Em todo o Estado, segundo o governo gaúcho, 218 postos de combustíveis foram abastecidos desde domingo até o final da tarde desta terça, para 43 municípios.
O músico e agora motorista de aplicativos Helio Cordeiro foi às 5h desta terça para a fila que se formava em um posto na rua Domingos Crescêncio, no bairro Santana. O estabelecimento fica na esquina com a avenida João Pessoa. "Divulgaram na imprensa que teria gasolina aqui, que o caminhão chegaria às 6h, e não chegou ainda. Ou seja, corro o risco de não conseguir nada", admitiu Cordeiro por volta das 8h30min.
Cordeiro calcula que já deixou de faturar R$ 800,00 em cinco dias que está com tanque apenas na reserva. "Tem três litros. Sou músico, como música não dá nada, dirijo. Estou aqui tentando sobreviver, mais para cumprir a parte social que me cabe e ter dinheiro para pagar as contas." 
O educador físico Gabriel Neimayer Schmitt chegou às 5h15min na mesma fila do músico. "Estou parado no mesmo lugar há mais de quatro horas. Vou ficar até as 13h30min, quando tenho de trabalhar. Se não conseguir hoje, estaciono o carro e vou a pé trabalhar. Sou personal training, se não dou aula, não recebo", narra Schmitt. Como tem sido a rotina do educador físico nos últimos dias? "Na quarta-feira (23), encarei uma fila em um posto na avenida Ipiranga, e não consegui abastecer. Na manhã de quinta-feira (24), fui para outra, também na Ipiranga, e nada. Na quinta de noite, fila de novo, e não consegui. Hoje, estou na quarta fila, e nada ainda. Não tenho nem certeza se vou conseguir abastecer." Schmitt resumiu seu dilema: "Fico na fila e deixo de trabalhar; mas, se abasteço, não trabalho. Vivo hoje um dia de cada vez e tenho a esperança de que isso nunca mais aconteça".
O primeiro da fila no posto na esquina da avenida João Pessoa com rua Domingos Crescêncio era o motorista Vitor Fernandes, que chegou às 22h ao local e dormiu dentro do carro. "Vim neste posto, porque ele estava na lista do (prefeito Nelson) Marchezan (Júnior). Meu filho veio aqui na noite dessa segunda e confirmou que teria. Se não tiver, vou correr a outro posto e rezar para que o combustível que tenho no carro seja suficiente", diz Fernandes, indicando que o visor do tanque no painel do carro aponta que está na reserva. "Se terminar, paro em algum lugar com posto e espero." 
Com fila de veículos que dava a volta em todo o quarteirão (avenidas João Pessoa e Princesa Isabel, e ruas Domingos Crescêncio e Santana), o dono do posto, da bandeira Ipiranga, Dealencar Luiz Ceccon, garantiu, por volta das 9h, que teria combustível. "A carga de 10 mil litros de gasolina já saiu da Refap e está chegando, mas não tem horário certo", justificou Ceccon. O volume enche 400 tanques de veículos. Mas o estabelecimento vai limitar em até R$ 100,00 por carro, cerca de 22 litros.
O dono admitiu que a previsão era que a gasolina chegasse às 6h, mas houve atraso na saída de caminhões em Canoas, sede da refinaria. "A certeza da chegada se baseia na emissão da nota que ocorreu na noite dessa segunda. Mas, para os próximos dias, a incerteza se mantém. Minha esperança é que se normalize", projeta o proprietário.  O posto está desde a quarta-feira da semana passada sem combustível.   
 

Salgado Filho tem operação garantida até sexta-feira

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, recebeu mais nove carretas de combustível nesta terça-feira. Com a nova carga, a Fraport, empresa que administra o local, avalia que a operação está garantida até a manhã de sexta-feira. Mesmo com os novos volumes de combustível, o aeroporto segue operando com níveis de reserva, por conta da dificuldade no abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros.
No País, 10 aeroportos entre os 54 administrados pela Infraero apresentavam falta de combustível nesta terça-feira: São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Aracaju (SE), Foz do Iguaçu (PR), Paulo Afonso (BA), Palmas (TO), Cuiabá (MT) e Imperatriz (MA). Nesses aeroportos, os aviões só podem pousar se tiverem combustível suficiente para decolar novamente e seguir a viagem. A orientação é que os passageiros verifiquem nas companhias aéreas se seus voos estão confirmados. 

Ônibus voltam a atender normalmente na quinta-feira em Porto Alegre

Oferta menor de transporte público tem deixado paradas lotadas desde a semana passada

Oferta menor de transporte público tem deixado paradas lotadas desde a semana passada


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A chegada regular de combustível a Porto Alegre, mediante escolta da Brigada Militar e do Exército na saída da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, deve permitir que os ônibus voltem a atender normalmente já na quinta-feira (31). "O combustível tem chegado, mesmo que com dificuldade, então a tendência é que a situação se normalize e possamos atender com tabela de dia normal a partir de quinta", estima o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Marcelo Soletti.
Como na quinta-feira será feriado de Corpus Christi, a tabela utilizada terá maior espaçamento de horários, como sempre acontece em domingos e feriados. Na sexta-feira, porém, a tendência é que a tabela já seja a de dias úteis.
O Gabinete de Crise da prefeitura está fazendo a gestão e a distribuição do combustível disponível entre ônibus, ambulâncias, viaturas e outros veículos necessários para serviços essenciais. A oferta menor de transporte público tem deixado as paradas lotadas em toda a cidade.
 

Canteiros de obras estão parados no Rio Grande do Sul

Insumos fundamentais para a construção civil, como aço, cimento, argamassa, esquadrias, azulejo e materiais de acabamento, tiveram o abastecimento prejudicado em razão da paralisação dos caminhoneiros. Segundo o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-RS), os produtos, em sua maioria, são fabricados em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, o que inviabiliza que o material chegue ao Estado.
"Todas as obras de grande porte de Porto Alegre já suspenderam suas atividades e o problema também ocorre no interior do Estado, afetando toda a cadeia de produtiva da construção civil gaúcha", informou a entidade em nota, salientando que, desta maneira, os prejuízos serão, logo, irreversíveis. Em conta rápida, que levou em consideração o custo de construção versus o prazo de execução das obras, o diretor técnico da Melnick Even, Rubem Piccoli, avalia perdas diárias que ultrapassam o R$ 1 milhão para a construtora.
Todos os 14 canteiros da construtora encontram-se prejudicados em alguma medida pelo desabastecimento. Dentre eles, o Grand Park Lindóia, que está em fase de concretagem, está parado. Ainda assim, a perspectiva de Piccoli segue bastante otimista. "Estamos com cerca de 10 dias de paralisação, isso, em um prazo de 24 meses de obra, se recupera", diz, ao salientar que mais 10 dias sem insumos seria preocupante.
Os canteiros da Cyrela, tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul, também enfrentam problemas com insumos. "As cimenteiras não têm produto, houve interrupção da concretagem, os trabalhadores, que conseguem chegar, estão parados nos canteiros", conta o diretor de engenharia da empresa, Gustavo Navarro. Das cinco obras em andamento, duas tiveram 90% dos serviços parados, diz. Dentre as construções afetadas estão o Yoo Moinhos e o Nova York, nos bairros Moinhos de Vento e Auxiliadora, respectivamente. Como meio de dar prosseguimento a obras em fase de acabamento, a empresa foi obrigada a buscar materiais no varejo.
Da mesma maneira, a NexGroup buscou alternativas no comércio tradicional para dar andamento a alguns de seus empreendimentos. "Realizamos compras emergenciais de material de acabamento junto ao varejo, a questão é que os materiais ficam em torno de 15% mais caros", comenta o diretor de produção, Leonardo Ribeiro Martins. A falta de cimento, por outro lado, também afeta decisivamente dois dos seis canteiros de obra da empresa, que, no momento, tiveram as atividades interrompidas. Com o cenário, a construtora analisa dispensar seus funcionários na sexta-feira.

País ainda tem 616 pontos de concentração nas estradas

Balanço divulgado pelo Ministério da Defesa e Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta 616 pontos de concentração de caminhoneiros e outros manifestantes nas estradas nesta terça-feira. Apesar dos pontos, há apenas três bloqueios de rodovias, em Minas Gerais, Ceará e no entorno do Distrito Federal. Os locais exatos não foram divulgados por questões de segurança, informa a PRF.
Segundo o governo, em nenhum desses pontos em que há interdição total das rodovias o bloqueio ocorre por caminhoneiros. Já o total de pontos de concentração representa um aumento em relação aos dados dos últimos dias. Na segunda-feira, eram 594. "O número aumentou um pouco, mas as concentrações são bem menores", afirmou o almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Segundo ele, muitos desses pontos são de manifestantes com outras reivindicações, além de caminhoneiros ainda localizados às margens das rodovias -muitos "com receio de sair das estradas" pela ação de outros grupos, diz. A PRF afirma que está oferecendo escoltas para aqueles que querem retomar as atividades e atua na criação de corredores de livre circulação nas rodovias.
No Rio Grande do Sul, havia 112 pontos de manifestação nas rodovias estaduais nesta terça-feira, segundo informações do governo gaúcho. De acordo com o Estado, não há bloqueio de rodovias. Os manifestantes convidam os caminhões que passam pelo local a aderir ao movimento, que já chega ao nono dia.
A PRF diz que encaminhou à AGU (Advocacia-geral da União) dados de 176 situações em que veículos estavam descumprindo a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de desobstruir as vias. As multas podem chegar a R$ 100 mil por empresa.
O balanço aponta ainda sete prisões até às 18h desta terça. Segundo a PRF, todas elas ocorreram após ação no interior de Maranhão, onde manifestantes bloqueavam vias. Segundo Célio Constantino, corregedor-geral da PRF, policiais usaram gás lacrimogêneo para liberar a via.
 

Redução de impostos exige compensação, diz Guardia

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, negou nesta terça-feira, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que tenha havido um recuo em relação à declaração dada por ele na segunda-feira, interpretada por senadores como uma sinalização de que impostos teriam que subir para compensar a desoneração no diesel.
"Não há recuo porque não houve afirmação, não obstante ter sido divulgado que eu estava anunciando aumento de impostos", disse o ministro. "Não haverá alta de impostos, mas sim redução de benefícios fiscais. População não vai pagar essa conta, não é o que estamos propondo", acrescentou.
Guardia afirmou que os Estados têm que fazer parte da solução da greve dos caminhoneiros. Ele lembrou que, com o aumento do preço dos combustíveis, a arrecadação dos estados também cresce, já que o ICMS é um imposto ad valorem.
"Um terço do custo é de ICMS. E a tributação de ICMS é ad valorem. Os Estados foram sócios da alta de preços internacionais", afirmou Guardia aos senadores. Segundo ele, o governo aguarda agora o resultado da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), convocada na última sexta-feira por ele. "Propusemos aos governos estaduais que absorvam na base de preço do ICMS a redução de preços que a Petrobras já fez", explicou.
Guardia afirmou ainda que não há recursos fiscais para fazer "nada além do que está sendo feito com o diesel". O comentário foi feito em resposta a senadores, que cobraram de Guardia medidas para reduzir o preço do gás de cozinha e da gasolina.
"Estamos na última semana discutindo o diesel. Tratamos da questão do diesel. Não posso trazer aqui nenhuma proposta para gasolina e gás de cozinha", pontuou o ministro. "Para discutir gás de cozinha e gasolina, isso vai além do governo federal; vai necessariamente incluir os Estados."
No domingo, o presidente Michel Temer anunciou uma série de medidas para encerrar a greve. O governo decidiu reduzir em R$ 0,46 o preço do diesel por 60 dias. Depois disso, o combustível terá apenas reajustes mensais, para dar previsibilidade aos motoristas. O governo também arcará com eventuais prejuízos da Petrobras.
O governo suspendeu a cobrança de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões. Outra medida garante que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contrate 30% de seus fretes com caminhoneiros autônomos. Por fim, também passará a publicar, duas vezes ao ano, uma tabela com preço mínimo de fretes.
Em meio aos efeitos da greve dos caminhoneiros, Guardia evitou avaliar os impactos do movimento sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Ele limitou-se a reafirmar que a estimativa atual para o PIB este ano é de crescimento de 2,5%.

Rodoviária espera operação tranquila no feriado

A rodoviária da Capital não projeta maiores problemas para atender ao público que almeja viajar no feriado de Corpus Christi. O diretor de operações da Rodoviária de Porto Alegre, Giovanni Luigi, comenta que as empresas de ônibus têm conseguido óleo diesel e que há oferta para todas as rotas atendidas normalmente. O que pode acontecer, adverte, é algum horário ser suspenso e os passageiros terem que ser deslocados para outro. No entanto o fluxo deverá cair entre 10% a 20% neste feriado.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) também afirma que o transporte intermunicipal de passageiros está assegurado durante o feriado.