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Economia

- Publicada em 28 de Maio de 2018 às 22:11

App gaúcho ajudará a detectar fake news


FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Se, por um lado, já é possível baixar aplicativos criados especialmente para gerar fake news e enganar as pessoas, os alunos do curso de Ciências da Computação da Pucrs preparam o contra-ataque. Eles estão desenvolvendo, sob a orientação do coordenador do Programa de Pós-graduação e Ciências da Computação da universidade, Avelino Zorzo, um app capaz de identificar se uma notícia é verdadeira ou falsa.
Se, por um lado, já é possível baixar aplicativos criados especialmente para gerar fake news e enganar as pessoas, os alunos do curso de Ciências da Computação da Pucrs preparam o contra-ataque. Eles estão desenvolvendo, sob a orientação do coordenador do Programa de Pós-graduação e Ciências da Computação da universidade, Avelino Zorzo, um app capaz de identificar se uma notícia é verdadeira ou falsa.
O primeiro protótipo deve estar finalizado em julho. "Fake news é um grande problema. Não sabemos mais o que é verdade e o que é mentira, por isso estamos criando esse sistema para ajudar qualquer pessoa a identificar rapidamente a veracidade de uma informação", comenta.
O projeto começou no final do ano passado, quando Zorzo começou a trabalhar com alguns alunos para, juntos, criarem uma forma de usar o Blockchain para fazer o registro das notícias verdadeiras e falsas. Neste primeiro momento, o foco serão as informações em texto, mas, em breve, a ideia é ampliar para a verificação de áudios, fotos e vídeos.
Boa parte da infraestrutura já está pronta, e o desafio agora é avançar na questão da usabilidade. "Não adianta desenvolver app para esse fim se ele não for de fácil acesso para o usuário", comenta Zorzo, que também é membro da Comissão Especial em Segurança da Sociedade Brasileira da Computação (SBC).
A perspectiva do projeto é envolver um grande número de pessoas na classificação das notícias. Até porque diversas nuances precisam ser consideradas. Uma delas, por exemplo, é a perspectiva de que algumas informações são opiniões, e não notícia. Nesse caso, o sistema não deveria classificar. "Os classificadores terão uma nota e, conforme mais pessoas forem concordando com o parecer deles, melhoram a nota a partir da sua credibilidade", explica. Assim, a inclusão como informação falsa ou verdadeira dentro do blockchain vai ser regulada pela votação das pessoas.
Para Zorzo, hoje em dia, essa verificação passa pelas pessoas. Mas, no futuro, como os novos algoritmos de mineração de dados e tecnologias como machine learning, essa análise deverá ser automatizada. "Essa será a evolução, mas a verdade é que todos precisam se envolver. Esse problema só será resolvido se tivermos a ampla participação da sociedade", alerta.
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