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Economia

- Publicada em 28 de Maio de 2018 às 14:12

Juro médio cobrado no rotativo do cartão cai em abril para 331,6% ao ano, diz BC

Juro do crédito rotativo é o mais elevado e com a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC

Juro do crédito rotativo é o mais elevado e com a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Agência Estado
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 2,9 pontos porcentuais de março para abril, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 334,5% em março para 331,6% ao ano em abril. Este recuo da taxa do rotativo ocorre sob as novas regras de migração da modalidade, que começaram em abril do ano passado.
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 2,9 pontos porcentuais de março para abril, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 334,5% em março para 331,6% ao ano em abril. Este recuo da taxa do rotativo ocorre sob as novas regras de migração da modalidade, que começaram em abril do ano passado.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 243,5% para 238,7% ao ano de março para abril. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 397,6% para 396,9% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 168,2% para 169,3% ao ano.
A taxa do juro total do cartão de crédito - operações do rotativo e do parcelado, passou de 74,0% para 73,7% de março para abril. Em abril de 2017, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
A taxa média de juros no crédito livre caiu de 41,4% ao ano em março para 41,0% ao ano em abril. Em abril de 2017, essa taxa estava em 48,9% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 57,2% para 56,8% ao ano de março para abril, enquanto para pessoa jurídica foi de 21,2% para 20,8% ao ano. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa caiu de 324,7% ao ano para 321,0% ao ano de março para abril. No crédito pessoal, a taxa passou de 46,7% para 46,5% ao ano.
No início de abril, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que os bancos vão oferecer a partir de julho um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção valerá para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da entidade é que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelere a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.
As taxas para aquisição de veículos passaram de 21,8% para 21,5% ao ano, de março para abril. A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do Bndes), foi de 26,2% ao ano em março para 25,9% ao ano em abril. Em abril de 2017, estava em 30,1%. 
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) ficou estável em abril ante março, em 21,5% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
Outro indicador o spread médio dos bancos caiu, em média, no crédito livre de 33,7 pontos porcentuais em março para 33,3 pontos porcentuais em abril, informou o Banco Central. O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 49,0 para 48,6 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 14,1 para 13,6 pontos porcentuais. O spread médio do crédito direcionado passou de 4,5 pontos porcentuais em março para 4,2 pontos porcentuais em abril. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) passou de 20,0 para 19,7 pontos porcentuais no período. 
A taxa de inadimplência no crédito livre passou de 4,8% em março para 4,7% em abril, informou o Banco Central. Em abril de 2017, a taxa estava em 5,7%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência foi de 5,0% em março para 5,1% em abril. Para as empresas, a taxa passou de 4,4% para 4,2%. A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,7% em março para 1,9% em abril. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência continuou de 3,3% de março para abril.
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41,4% em março, ante 41,3% em fevereiro, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 23,1% em março, ante 23,0% em fevereiro. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. 
Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 20,2% de fevereiro para 20,3% em março. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 17,7% para 17,8% no período.
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