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- Publicada em 27 de Maio de 2018 às 22:41

Para garantir abastecimento em Porto Alegre, Brigada realiza escolta de caminhões-tanque

Na Avenida Assis Brasil, clientes formaram filas de até dois quilômetros para conseguir gasolina em postos

Na Avenida Assis Brasil, clientes formaram filas de até dois quilômetros para conseguir gasolina em postos


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Para atender prioritariamente a demandas consideradas como fundamentais em áreas como saúde e segurança, o governo estadual, através da Brigada Militar, realizou ontem operações de escolta de caminhões-tanque. Até às 18h de domingo, foram acompanhados 13 caminhões com combustíveis que saíram das distribuidoras BR, Ipiranga e Rodoil. Também foram escoltados quatro caminhões carregados com gás e 54 veículos com ração animal. Mais ações dessa natureza estavam previstas para serem feitas na noite de ontem e para essa segunda-feira.
Para atender prioritariamente a demandas consideradas como fundamentais em áreas como saúde e segurança, o governo estadual, através da Brigada Militar, realizou ontem operações de escolta de caminhões-tanque. Até às 18h de domingo, foram acompanhados 13 caminhões com combustíveis que saíram das distribuidoras BR, Ipiranga e Rodoil. Também foram escoltados quatro caminhões carregados com gás e 54 veículos com ração animal. Mais ações dessa natureza estavam previstas para serem feitas na noite de ontem e para essa segunda-feira.
Os caminhões-tanque abasteceram principalmente postos da região Metropolitana de Porto Alegre, mas também houve pedidos para o Litoral e Serra. Depois de atendidos os veículos de áreas prioritárias, foram abastecidos carros particulares, o que fez com que muitos consumidores madrugassem e formassem fila nos postos que tinham combustíveis. "Entendemos que a grave (dos caminhoneiros) é legítima, mas não podemos desabastecer o estado do Rio Grande do Sul", sustenta o vice-governador José Paulo Cairoli.
Segundo o coordenador do Gabinete de Crise, Cel. Alexandre Martins, foram chamados os sindicatos das distribuidoras e dos postos para definir a destinação das cargas. No entanto, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, nega que o sindicato tenha indicado determinados estabelecimentos e aconselha que os postos interessados em contar com a escolta de caminhões-tanque procurem o governo do Estado para atender a essa necessidade.
Dal'Aqua destaca que os postos gaúchos que contam hoje com combustível são exceções. O dirigente tem esperança que a partir desta semana a situação possa melhorar. Dal'Aqua, recorda que na quinta-feira haverá o feriado de Corpus Christi, o que deve fazer com que a sociedade faça mais pressão por uma solução quanto aos combustíveis. O presidente do Sulpetro calcula que, a partir do fim da greve, levará de cinco a sete dias para as condições de abastecimento de combustíveis voltarem ao normal. Dal'Aqua adverte que a questão já está afetando a saúde financeira dos revendedores e se o cenário continuar por muito mais tempo não está descartada a possibilidade de que alguns estabelecimentos tenham que fechar.
Conforme o dirigente, ontem na Capital havia pelo menos oito postos da rede Vip 24horas com oferta de combustíveis. Um desses estabelecimentos com disponibilidade de produto era o Antares, de bandeira Shell, localizado na Avenida Assis Brasil. O gerente do estabelecimento, Moisés Pereira da Silva, informa que a carga de combustível chegou no final da noite de sábado, com um caminhão escoltado. Silva revela que o posto atende corriqueiramente veículos da Brigada Militar e o combustível disponibilizado para a população, com o limite de R$ 100,00 por abastecimento sem a possibilidade do uso de galões, era o excedente da carga recebida para atender à demanda dessa instituição. O litro da gasolina comum estava custando R$ 4,69 e Silva calcula que o combustível irá durar até a manhã dessa segunda-feira. Não há previsões quanto ao recebimento de novas cargas. Ontem, no começo da tarde, a fila de carros esperando para abastecer no posto Antares começava na Avenida Martins Bastos, totalizando cerca de dois quilômetros.

Motoristas esperam 10 horas para poder abastecer na Capital

Garcia Leira reclamou que policiais furaram fila

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MARCELO G. RIBEIRO/JC
O motoboy Antonio Garcia Leiva Jr. chegou na fila pelas 10h e conseguiu abastecer a sua moto apenas às 14h45min. Uma reclamação de Leiva Jr. é que integrantes da Brigada Militar aproveitaram das suas profissões para furarem a fila e abastecerem seus carros particulares e não veículos oficiais.
O corretor de imóveis Glauber William Costa Felipe viu sua gasolina acabar ainda na fila e teve que empurrar seu automóvel pelos metros finais até a bomba. Felipe comenta que ouviu sobre a oferta de combustível no rádio e foi para o posto já pela manhã. A fila, à tarde, iniciava na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, esquina com a Rua Engenheiro João Luderitz, percorrendo cerca de 1,5 quilômetro.