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Economia

- Publicada em 14 de Maio de 2018 às 22:19

Cotação do dólar é a maior desde abril de 2016

Moeda norte-americana à vista encerrou a sessão em alta de 0,72%

Moeda norte-americana à vista encerrou a sessão em alta de 0,72%


/MARK WILSON/AFP/JC
O cenário doméstico voltou a pesar para o comportamento do dólar ontem. Depois de uma abertura em queda, a moeda norte-americana voltou a se valorizar em relação ao real, por conta de pesquisa eleitoral confirmar os rumores que já circulavam na sexta-feira, de que candidatos desalinhados com o mercado subiriam nas pesquisas. O dólar à vista fechou a R$ 3,6267, com valorização de 0,74%.
O cenário doméstico voltou a pesar para o comportamento do dólar ontem. Depois de uma abertura em queda, a moeda norte-americana voltou a se valorizar em relação ao real, por conta de pesquisa eleitoral confirmar os rumores que já circulavam na sexta-feira, de que candidatos desalinhados com o mercado subiriam nas pesquisas. O dólar à vista fechou a R$ 3,6267, com valorização de 0,74%.
Essa é a maior cotação da moeda desde 7 de abril de 2016, quando fechou a R$ 3,6855. Naquela data, há 2 anos e um mês, o mercado avaliava que haviam caído as chances de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, por conta das articulações que o governo fazia em Brasília, inclusive com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No pregão de ontem, o dólar continuou em alta volatilidade. Variou da mínima de R$ 3,5732 (-0,75%) à máxima de R$ 3,6409 ( 1,13%). O volume do segmento à vista alcançou US$ 700 milhões.
A pesquisa CNT/MDA divulgada no final da manhã mostrou o crescimento de candidatos que desagradam aos investidores, como Marina Silva, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Já Geraldo Alckmin, até o momento o preferido do mercado, não emplaca. Alguns analistas avaliam que o movimento é parte novamente da especulação. "Ainda não temos nem os candidatos definidos", disse um operador. "Mas toda essa incerteza pesa para os negócios", afirmou.
Por conta desse mau humor, a mudança na atuação do Banco Central (BC) em seus leilões de swap cambial teve efeito zero no final do dia. Na noite de sexta, o BC informou que colocaria os swaps separadamente a partir de ontem - parte para a rolagem de junho e parte para atender à demanda diária do mercado. Se continuasse operando da forma anterior, na prática, o BC primeiro terminaria a rolagem e depois acrescentaria contratos à liquidez diária. Mas, para boa parte dos operadores, o dólar reage ao cenário externo, e o BC não vai conseguir resultados com pequenas intervenções no câmbio.
Segundo um gestor de moedas de um banco internacional, o quadro é difícil para o câmbio. Para ele, o grande driver do movimento das moedas, lá fora e aqui, é o diferencial de juros. "Nenhum mercado emergente tem juros suficientes para aguentar a alta dos treasuries", diz. Ontem, a T-Note de 10 anos voltou a bater os 3%, com alta de 1,33%.
 
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