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Economia

- Publicada em 08 de Maio de 2018 às 22:39

Recursos para projetos de mineração superam R$ 1 bilhão

Andriotti destacou o potencial de exploração de minérios no Estado

Andriotti destacou o potencial de exploração de minérios no Estado


/CLAITON DORNELLES /JC
Jefferson Klein
Iniciativas para a exploração de minerais nos municípios de São José do Norte, Caçapava do Sul e Lavras do Sul acarretarão um investimento somado superior ao patamar de R$ 1 bilhão, caso saiam do papel. Apesar de estarem hoje em estágios avançados e com seus processos de licenciamentos já protocolados, esses empreendimentos precisarão superar o receio do impacto ambiental gerado pela atividade de extração para serem concretizados.
Iniciativas para a exploração de minerais nos municípios de São José do Norte, Caçapava do Sul e Lavras do Sul acarretarão um investimento somado superior ao patamar de R$ 1 bilhão, caso saiam do papel. Apesar de estarem hoje em estágios avançados e com seus processos de licenciamentos já protocolados, esses empreendimentos precisarão superar o receio do impacto ambiental gerado pela atividade de extração para serem concretizados.
Os três projetos são conhecidos pelos nomes de Retiro (em São José do Norte, da empresa Rio Grande Mineração), Caçapava do Sul (no município de mesmo nome, da joint venture formada entre a Mineração Iamgold Brasil e a Nexa Resources - antiga Votorantim Metais) e Fosfato Três Estradas (em Lavras do Sul, da Águia Fertilizantes). A primeira proposta prevê a exploração dos minerais ilmenita e rutilo (substância titânio) e zircão (substância zircônio). Já a segunda lida com chumbo, zinco e cobre, além de uma pequena quantidade de prata. E a terceira é focada na extração de minério de fosfato para a produção de matéria-prima para a indústria de fertilizantes.
Os empreendimentos foram citados durante a apresentação de novos estudos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que identificam potencialidades minerais em uma área de mais de 212,5 mil quilômetros quadrados do Estado. Esses trabalhos foram divulgados ontem no Auditório do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Jose Leonardo Silva Andriotti, destaca que o Rio Grande do Sul tem potencial para explorar diversos outros minerais, além do carvão (atividade em que o Estado possui tradição).
O professor da Unisinos e geólogo Wilson Wildner comenta que, entre outras oportunidades, identifica-se a possibilidade da ocorrência de depósitos de níquel e cobre, por exemplo. Esse potencial é verificado em toda a metade Norte do território gaúcho. No caso do aproveitamento comercial do níquel, Wildner ressalta que diversas ligas metálicas especiais utilizam esse elemento. O geólogo do CPRM Jorge Henrique Laux acrescenta que também são desenvolvidas no Estado pesquisas relativas à presença de ouro. Para Laux, o maior entrave para expandir a extração mineral no Estado é a questão ambiental.
Uma novidade que pode contribuir para superar alguns obstáculos é a finalização do plano estadual de mineração. O diretor de Inovação e Fontes Alternativas da Secretaria de Minas e Energia, Carlos Augusto Almeida, informa que esse planejamento deve ser concluído até agosto. O trabalho encontra-se em fase final de levantamento de informações. "A ideia dessa ação é trazer o investidor, mostrar a capacidade que o Rio Grande do Sul tem dentro das quase cem substâncias minerais disponíveis", argumenta. Além do plano indicar os recursos que se encontram no Estado, aponta os locais em que a mineração é possível e a documentação necessária para realizar essa prática. A iniciativa é dividida em subcomitês ligados a segmentos como o da construção civil, insumos agrícolas, cerâmica, rochas ornamentais, água mineral, entre outros.
Para o segundo semestre estão previstas movimentações no segmento carbonífero, sendo ofertadas pelo CPRM à iniciativa privada, entre outras áreas, reservas de carvão em Candiota. Para 2019, deverão ser disponibilizadas mais jazidas entre Butiá e Cachoeira do Sul. Andriotti lembra que até 1994 o CPRM era uma empresa de economia mista e possuía direitos minerários. Porém, a instituição tornou-se companhia pública e o objetivo agora é repassar direitos minerários de algumas áreas para a inciativa privada via leilões ou editais de licitação pública.
JC
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