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MÚSICA

- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 08:25

Duca Leindecker começa turnê de novo disco com show em Caxias do Sul

Em Baixar armas, músico gaúcho busca apresentar um caminho possível à intolerância

Em Baixar armas, músico gaúcho busca apresentar um caminho possível à intolerância


EDU DEFFERRARI/DIVULGAÇÃO/JC
"Estamos vivendo uma grande catarse universal em que as pessoas estão meio fora de controle", explica o compositor e cantor Duca Leindecker, a respeito do conceito que rege parte de seu novo disco, Baixar armas. Lançado no fim de março, o registro ganha, a partir desta semana, uma turnê pelo Rio Grande do Sul. O músico tem apresentações marcadas em Caxias do Sul (nesta quarta-feira, 9, no UCS Teatro), Santa Maria (na quinta, 10, no Teatro Marista) e Pelotas (dia 24, no Theatro Guarany). Em julho, o espetáculo chega à capital gaúcha.
"Estamos vivendo uma grande catarse universal em que as pessoas estão meio fora de controle", explica o compositor e cantor Duca Leindecker, a respeito do conceito que rege parte de seu novo disco, Baixar armas. Lançado no fim de março, o registro ganha, a partir desta semana, uma turnê pelo Rio Grande do Sul. O músico tem apresentações marcadas em Caxias do Sul (nesta quarta-feira, 9, no UCS Teatro), Santa Maria (na quinta, 10, no Teatro Marista) e Pelotas (dia 24, no Theatro Guarany). Em julho, o espetáculo chega à capital gaúcha.
O exército de pessoas que defendem ideias como se fossem especialistas, sem abertura para o diálogo, é um dos agentes motivadores do tema. "Isso gera intolerância. E fica um impasse que acaba dando origem à violência", resume o músico. Entretanto, não é a crítica ácida que dá o tom do registro. A letra da faixa-título, que abre o trabalho, indica: "baixar as armas e abraçar, deixar a vela navegar". "É um convite para as pessoas refletirem se é isso que elas querem... Voltar para a barbárie. Eu acho que não, que elas só estão confusas", comenta.
Mesmo quando fala de intolerância, o gaúcho busca apresentar um caminho possível, mantendo a positividade em voga. Se o trabalho dos artistas é pautado pelas experiências pessoais e sociais, ele confirma: "Minha vida é cheia de amor, de coisas boas". Até em Mais um dia, faixa dedicada a Luciano Leindecker, irmão e ex-colega de Cidadão Quem, falecido em 2014, este sentimento fica em evidência, mesmo que haja dor. Em outros momentos, também faz uma homenagem à filha, Laura (em Menina), e reflete sobre a passagem do tempo (Chance de gol).
O disco também acompanha Duca em um retorno às origens, ao menos sonoramente. Até este ano, seu trabalho de estúdio mais recente era Voz, violão e batucada (2013) - e, antes disso, havia formado com Humberto Gessinger o duo Pouca Vogal, de proposta mais intimista. No trabalho atual, o compositor pode ser escutado em um formato elétrico comum a bandas de rock. "É como me sinto à vontade. Os outros projetos eram mais experimentais", explica ele, que toca guitarra, violão, piano e baixo ao longo do álbum.
O disco ainda contou com participações especiais do próprio Gessinger (que toca baixo e é coautor da canção 0x0 Ñ), Marcelo Truda (músico da Taranatiriça que toca guitarra e é coautor de Zumbis e fadas), e de uma lista que vai desde Mumu (Vera Loca), Luciano Albo (Os Cascavelletes) e Veco Marques (Nenhum de Nós) até a cantora Shana Müller, entre outros. 
Os shows, antecipa o músico, têm contemplado boa parte do repertório do novo álbum, composto por 13 faixas. No entanto, ao contrário de outros colegas que dizem encontrar dificuldades para montar um setlist que compreenda diferentes momentos da carreira e adicionar novidades, o músico está satisfeito com a fase atual. "Acho o contrário. Difícil é quando não tem música para colocar. Tiramos Pinhal do repertório... É um luxo ter músicas para poder tirá-la. Mas nós tocamos no bis se o pessoal pedir", entrega ele, comparando canções com sementes: nem todas as jogadas ao chão brotam. Quando se lança um disco, é a mesma coisa. "Eu gosto de todas as minhas músicas, óbvio, afinal sou eu que faço. Mas poucas sobrevivem ao tempo", reconhece, creditando a fartura de material ao fato de ele seguir compondo - em vez de acomodar-se com a trajetória já estabelecida.
No entanto, o porto-alegrense acredita que a aceitação do material presente no disco tem sido melhor do que a média: alguns shows já foram realizados em Santa Catarina. Para ajudá-lo a interpretar os temas pelo Rio Grande do Sul, também sobe ao palco uma banda de apoio formada por Claudio Mattos (bateria), Maurício Chaise (guitarras) e Igor Conrad (baixo). Os dois primeiros participaram das gravações.

Turnê Baixar armas

Caxias do Sul
Onde: UCS Teatro (Francisco Getúlio Vargas, 926)
Quando: Hoje, às 21h
Santa Maria
Onde: Teatro Marista (Mal. Floriano Peixoto, 1.217)
Quando: Amanhã, às 21h
Pelotas
Onde: Theatro Guarany (Lôbo da Costa, 849)
Quando: 24 de maio, às 21h
Porto Alegre
Onde: Opinião (José do Patrocínio, 834)
Quando: 5 de julho, às 22h
Ingressos: entre R$ 60,00 e R$ 300,00, dependendo do show, à venda pelo site Blue Ticket.