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Política

- Publicada em 06 de Abril de 2018 às 16:19

Doria renuncia ao cargo, e Bruno Covas é o novo prefeito de São Paulo

Covas (d) disse que população deve esperar u prefeito mais 'social-democrata' do que Doria (d)

Covas (d) disse que população deve esperar u prefeito mais 'social-democrata' do que Doria (d)


HELOISA BALLARINI/SECOM/Divulgação/Arquivo/JC
Em reunião fechada com secretários e vereadores da base aliada na tarde desta sexta-feira (6), João Doria (PSDB) renunciou ao cargo de prefeito de São Paulo e passou o bastão para Bruno Covas (PSDB), que assinou o termo de posse e se tornou, então, o novo prefeito da cidade. Um dia antes de completar 38 anos de idade, o neto do ex-governador tucano Mario Covas assume o posto para que Doria possa se candidatar ao governo do estado.
Em reunião fechada com secretários e vereadores da base aliada na tarde desta sexta-feira (6), João Doria (PSDB) renunciou ao cargo de prefeito de São Paulo e passou o bastão para Bruno Covas (PSDB), que assinou o termo de posse e se tornou, então, o novo prefeito da cidade. Um dia antes de completar 38 anos de idade, o neto do ex-governador tucano Mario Covas assume o posto para que Doria possa se candidatar ao governo do estado.
A transição foi feita a portas fechadas, sem a presença de público ou de jornalistas. A discrição do evento, pouco habitual na rotina midiática do agora ex-prefeito, preserva Doria do desgaste público de deixar o cargo depois de ter prometido mais de uma dezena de vezes que ficaria até o final do mandato, em 2020.
Covas disse que a população deve esperar um prefeito mais "social-democrata" do que Doria, que teria "uma posição mais liberal".Os 460 dias da gestão Doria foram intensos, mas nem todos eles dedicados à cidade. Foram dias de agendas lotadas, reuniões, visitas a bairros do centro e da periferia, mas também de viagens pelo país para engatar um projeto presidencial que acabou frustrado e ajudou a derrubar sua popularidade nas pesquisas.
As principais promessas do ex-prefeito ficarão agora nas mãos de Bruno Covas, como a de emplacar uma série de concessões e privatizações de equipamentos públicos e a de fazer a reforma da previdência municipal. Até agora, nenhuma das desestatizações se efetivou. As vendas do autódromo de Interlagos e do complexo do Anhembi seguem travadas pelos vereadores, e a concessão dos cemitérios aguarda há seis meses a liberação do Tribunal de Contas do Município (TCM).
Já os editais de parques e mercados, por exemplo, estão em fases mais adiantadas. A reforma da previdência foi congelada na Câmara após forte pressão dos servidores e só voltará a ser discutida em cerca de 120 dias. Na área da educação, por exemplo, Doria não alcançou sua principal meta, a de zerar a fila para creches em um ano.
Essa promessa depois foi ajustada para 65 mil vagas até março, mas só 27,5 mil foram criadas. Nessa área, no entanto, Doria conseguiu alguns avanços, como a criação do currículo municipal, o fim da fila da pré-escola e a revisão do programa Leve Leite.
Doria e Covas tiveram atrito no final de 2017, quando o então prefeito decidiu tirar seu vice do comando da secretaria de Prefeituras Regionais após sofrer críticas devido a ruas esburacadas, semáforos apagados e praças descuidadas. Covas, então, foi deslocado para a secretaria da Casa Civil, tornando-se responsável pelas articulações na Câmara Municipal.
Doria disse algumas vezes que a zeladoria melhorou após Cláudio Carvalho assumir a secretaria de Prefeituras Regionais. Para 2018,mirou no recapeamento de vias, que ganhou espaço em propagandas pagas da prefeitura. O orçamento do programa Asfalto Novo, de R$ 550 milhões, é mais do que a expectativa de investimentos nas áreas de saúde ou educação neste ano.
Com mais de uma década em cargos públicos,Covas teve atuação discreta em funções do Executivo e do Legislativo -apesar de boas votações alavancadas pelo sobrenome do avô. Não deixou grandes marcas como deputado estadual e federal nem como secretário paulista de Meio Ambiente.
Por outro lado, conciliador e diplomático, ainda é bastante jovem e elogiado por adversários políticos pela maior propensão ao diálogo.
É com esse retrospecto que ele, divorciado, morador da Barra Funda (zona oeste), pai de um garoto de 12 anos, assumirá a Prefeitura de São Paulo. Assim, a cidade com mais de 12 milhões de habitantes terá seu prefeito mais jovem desde a redemocratização.
Folhapress
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