Duplicação da BR-386 deve ser concluída até começo de maio

A espera de mais de sete anos de obras para ver a duplicação da BR-386 do trecho entre Tabaí e Estrela está perto do fim. Faltam apenas 2% da obra, segundo a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado (Dnit-RS). Dos 33,4 quilômetros a serem duplicados, 31,1 quilômetros já foram liberados. Restam ser finalizadas a pavimentação e a sinalização de 2,3 quilômetros, próximos do acesso a Bom Retiro do Sul e da comunidade Linha Glória, em Fazenda Vilanova, explica o Dnit-RS.

Desde o início da obra, foram investidos mais de R$ 202,8 milhões. Restam ainda R$ 6 milhões para conclusão do empreendimento em uma das estradas mais importantes para escoar a produção de grãos, mercadorias e ligação entre a região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) com vale do Taquari, Planalto e Noroeste para chegar a santa Catarina. 

O departamento projeta que a liberação da obra deve ocorrer entre o final de abril e o começo de maio. O órgão condiciona o tempo de conclusão da duplicação ao fornecimento de insumo asfáltico pela Petrobras, que é feito pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), com sede em Canoas. Com a parada das atividades da refinaria de Canoas, informa o Dnit-RS, não há asfalto sendo produzido pela petroleira no momento e os estoques disponíveis se esgotaram.

“O consórcio (responsável pela obra) está tentando buscar o ligante asfáltico em outras refinarias, no Paraná e em São Paulo, o que muda totalmente a logística e o valor do transporte”, informa o departamento. Depois da liberação dos 2,3 quilômetros que falta duplicar, serão realizados os demais serviços para a finalização das obras, como a conclusão de ruas laterais em Estrela e de obras complementares, como meios fios, muros, defensas metálicas, sarjetas e reconformação de canteiros.

Em nota, a Petrobras disse a A Unidade de Destilação de Petróleo da Refap, que produz asfaltos, está em parada programada de manutenção desde 15 de março. "Como parte do planejamento dessa intervenção, houve acúmulo prévio do produto nos tanques da refinaria e também foi disponibilizado volume adicional na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR)". Segundo a estatal, "não houve desabastecimento ao mercado". O retorno à operação da unidade e a normalização do fornecimento a partir da Refap está previsto para início de maio.