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FEIRA DE HANNOVER

- Publicada em 27 de Abril de 2018 às 18:09

Fiergs planeja novo evento na Europa

Empresários que participam da missão brasileira visitaram o estande da SAP e conheceram softwares de gestão da alemã Sunny Wang

Empresários que participam da missão brasileira visitaram o estande da SAP e conheceram softwares de gestão da alemã Sunny Wang


/JEFFERSON KLEIN/ESPECIAL/JC
A Feira de Tecnologia Industrial de Hannover se encerra nesta sexta-feira, entretanto a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) já projeta retornar, muito em breve, ao território alemão para expor as potencialidades do Rio Grande do Sul. A proposta é organizar um evento logo na sequência do 36º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de junho, na cidade de Colônia.
A Feira de Tecnologia Industrial de Hannover se encerra nesta sexta-feira, entretanto a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) já projeta retornar, muito em breve, ao território alemão para expor as potencialidades do Rio Grande do Sul. A proposta é organizar um evento logo na sequência do 36º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de junho, na cidade de Colônia.
O mais recente Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) foi realizado no final do ano passado justamente na Fiergs, em Porto Alegre. A atividade é sediada um ano na Alemanha e outro no Brasil. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, foi, na quarta-feira a Düsseldorf, capital do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália (onde também está inserida Colônia), para tratar, com a pasta correspondente a um ministério de indústria e comércio, da possibilidade da realização do evento com empreendedores gaúchos. A meta, reforça o dirigente, é apresentar as vantagens que o Rio Grande do Sul possui para receber investimentos.
Entre os benefícios que devem ser divulgados estão o mecanismo de isenção tributária do Fundopem, a mão de obra qualificada formada por entidades como Senai e universidades bem classificadas no ranking nacional, além de bons hospitais e outros atrativos. O presidente da Fiergs diz que o modelo da proposta ainda será detalhado, e a perspectiva é de que o governo do Estado ingresse nessa iniciativa. A intenção é de que o evento dos empreendedores gaúchos aconteça na tarde do encerramento do 36º EEBA, ou no dia posterior, para aproveitar a concentração do público que participou desse encontro. Petry admite que o curto espaço de tempo para organizar a ação é um obstáculo que precisará ser superado para que o projeto se torne uma realidade.
Sobre a feira de Hannover, o presidente da Fiergs destaca a importância que, particularmente, a indústria alemã dá para o acontecimento. O executivo cita o fato de que o estande da Siemens é maior do que o do México (país escolhido como parceiro oficial do evento). "O alemão mostra o poder da sua indústria, expondo as novidades", argumenta. Na edição deste ano, o empresário ressalta a ênfase da junção da indústria com a eletrônica, que envolve o conceito da Indústria 4.0. Petry salienta, ainda, que é preciso analisar em que setores será possível aplicar essa metodologia.
Para o presidente da Fiergs, a Indústria 4.0 está direcionada para a produção em série, pois para a fabricação sob encomenda é mais difícil o aproveitamento dessa prática. Um equipamento que chamou a atenção de Petry foi uma impressora 3D que tinha capacidade para produzir itens como um motor elétrico, trabalhando com metal e não com plástico.
Na manhã desta quinta-feira, empresários que participam da missão brasileira tiveram a oportunidade de fazer uma visita ao estande da SAP. A delegação foi recebida pela funcionária da empresa alemã Sunny Wang, que demonstrou alguns produtos da criadora de softwares de gestão. Um dos artigos que foi apresentado para os empreendedores foi o Digital Twins. A tecnologia permite uma melhor coleta de dados de um sistema de produção, como a fabricação de garrafas, por exemplo, e otimizar o processo, possibilitando uma visão geral do projeto de uma forma virtual.

Internacionalização abre oportunidades para empresas

Os procedimentos para se instalar na Alemanha são mais acessíveis

Os procedimentos para se instalar na Alemanha são mais acessíveis


JEFFERSON KLEIN/ESPECIAL/JC
O receio ou a falta de informação podem ser obstáculos para que empresas do Brasil iniciem um processo de internacionalização. No entanto, o diretor executivo do Centro Brasileiro de Internalização e Negócios (Cebras), Paulo Henrique Boelter, afirma que essa iniciativa não é "um bicho de sete cabeças" e representa uma grande oportunidade para ampliar negócios.
O Cebras opera, entre outras funções, como uma incubadora e concede apoio para companhias brasileiras que desejam instalar unidades na Alemanha. "A internacionalização tem diversas fases, e a gente quer acompanhar todas as etapas, desde a inicial, de um lugar para se instalar, participar de uma feira e quebrar o problema da língua", argumenta Boelter. O advogado (o Cebras também presta auxílio jurídico) acrescenta que os procedimentos para a consolidação de uma empresa na Alemanha são muito mais fáceis do que no Brasil. Uma prova disso é a possibilidade de constituir uma companhia no país em menos de um mês. Outro destaque feito pelo advogado é que, ao implementar uma companhia alemã, abre-se a opção de conseguir crédito local para desenvolver o negócio, que tem uma taxa de juros de 2% ao ano.
Boelter sustenta que as empresas brasileiras precisam ter um posicionamento ativo no seu mercado-alvo. "É praticamente o que os alemães fazem no Brasil. Eles estabelecem uma firma, começam a trabalhar no mercado, e o brasileiro não consegue fazer isso, ele fica no cenário nacional, tenta fazer tudo por 'controle remoto', e não dá certo", alerta. O advogado ressalta que, ao se instalar na Alemanha, a companhia abre a porta para o mercado europeu como um todo.