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Economia

- Publicada em 19 de Abril de 2018 às 21:12

Justiça de Goiás envia recuperação judicial da Stemac para Porto Alegre

Empresa tem cerca de 400 funcionários em Porto Alegre que vivem incerteza sobre futuro

Empresa tem cerca de 400 funcionários em Porto Alegre que vivem incerteza sobre futuro


STIMEPA/DIVULGAÇÃO/JC
Paulo Egídio
A crise da Stemac, que fabrica geradores elétricos e entrou esta semana com pedido de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 700 milhões, teve dois novos prolongamentos nessa quinta-feira. A Justiça do Trabalho em Porto Alegre bloqueou R$ 2,2 milhões de contas bancárias da empresa para pagamento de débitos trabalhistas. Em Goiás, o juiz da 3ª Vara Cível de Itumbiara, José de Bessa Carvalho Filho, que recebeu o pedido de recuperação, decidiu enviar o processo para a comarca da capital gaúcha.
A crise da Stemac, que fabrica geradores elétricos e entrou esta semana com pedido de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 700 milhões, teve dois novos prolongamentos nessa quinta-feira. A Justiça do Trabalho em Porto Alegre bloqueou R$ 2,2 milhões de contas bancárias da empresa para pagamento de débitos trabalhistas. Em Goiás, o juiz da 3ª Vara Cível de Itumbiara, José de Bessa Carvalho Filho, que recebeu o pedido de recuperação, decidiu enviar o processo para a comarca da capital gaúcha.
A decisão sobre a recuperação foi tomada por Carvalho Filho, um dia após a Stemac, que tem origem no Rio Grande do Sul, protocolar o pleito no município goiano. No despacho, o magistrado acolheu o entendimento protocolado pelo escritório porto-alegrense Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados, que representa o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre (Stimepa). Em petição ao juiz, as advogadas Juliane Durão e Fernanda Livi argumentaram que, ao ser efetivado em Goiás, o processo poderia inviabilizar o acesso aos credores. A Stemac pode recorrer da decisão que, para ser oficializada, ainda precisa ser publicada no Diário Oficial de Goiás. 
A ação na área do Trabalho foi movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos na quarta-feira. O valor bloqueado é referente a uma dívida com 260 trabalhadores que foram demitidos em 2016 e ainda não receberam a totalidade dos valores das rescisões. De acordo com o diretor do Stimepa, Alfredo Gonçalves, os metalúrgicos aceitaram a proposta inicial da quitação em oito parcelas, mas, ao longo do ano passado, a empresa teria parado de realizar os pagamentos. "Há pouco tempo, houve outra audiência na Justiça do Trabalho na qual a empresa se comprometeu a cumprir o acordo, mas ainda não honrou seus compromissos", aponta Gonçalves.
Segundo o diretor, os mais de 400 trabalhadores ainda ligados à Stemac no Estado têm enfrentado dificuldades para receber os salários, que estão sendo pagos em parcelas semanais. "A empresa passou a atrasar salários e a não depositar o FGTS desde setembro de 2017", afirma o dirigente sindical. Procurada, a Stemac disse, em nota, que ficou surpresa com o bloqueio nas contas e afirmou que deve recorrer.
"Estão sendo adotadas pela empresa todas as medidas judicias cabíveis no caso", afirmou a diretoria. "A partir do status de recuperação judicial, todos os pagamentos deverão obedecer a uma ordem do juízo da recuperação judicial", completa a Stemac. A empresa reconhece as pendências trabalhistas, mas diz que o valor devido ainda não foi quitado em razão das dificuldades financeiras da companhia, as mesmas que levaram ao pedido de recuperação judicial. Sobre a transferência da tramitação da recuperação judicial de Goiás para o Rio Grande do Sul, a empresa não havia se manifestado até o fechamento desta matéria.
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