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Economia

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 17:34

Mesmo com alta na participação dos homens, distribuição de tarefa doméstica ainda é desigual

Proporção de mulheres que cuidam de serviços domésticos foi a 91,7% em 2017

Proporção de mulheres que cuidam de serviços domésticos foi a 91,7% em 2017


FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
A distribuição dos cuidados com a casa permanece desigual nos lares brasileiros, mas há mais homens realizando tarefas domésticas do que há um ano, segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Outras Formas de Trabalho, referente a 2017, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A distribuição dos cuidados com a casa permanece desigual nos lares brasileiros, mas há mais homens realizando tarefas domésticas do que há um ano, segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Outras Formas de Trabalho, referente a 2017, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proporção de mulheres que cuidam de serviços domésticos em casa ou na casa de parentes cresceu 1,9 ponto porcentual em um ano, de 89,8% em 2016 para 91,7% em 2017. Já o total de homens que realizam esse tipo de tarefa subiu 4,5 pontos porcentuais, de 71,9% para 76,4%.
Em 2017, 84,4% da população de 14 anos ou mais de idade realizavam afazeres domésticos no domicílio ou na casa de parentes, o equivalente a 142,4 milhões de pessoas. Em 2016, a taxa de realização de afazeres domésticos era mais baixa, de 81,3%.
As mulheres estavam à frente dos homens em todos os tipos de afazeres domésticos, exceto pela execução de pequenos reparos ou manutenção do domicílio, automóvel, eletrodoméstico ou outros equipamentos, citado por 63,1% deles e apenas 34,0% delas.
As maiores discrepâncias ocorreram no preparo de alimentos - conduzido por 95,6% das mulheres que faziam tarefas domésticas, mas somente 59,8% dos homens que trabalhavam no cuidado da casa - e limpeza ou manutenção de roupas e sapatos - atividade executada por 90,7% delas e apenas 56,0% deles.
Segundo o IBGE, não é possível associar o crescimento na participação dos homens nas tarefas domésticas ao aumento da desocupação, que foi maior entre eles do que entre as mulheres. Tampouco é possível afirmar que seja uma mudança de hábitos, porque essas transformações culturais ocorreriam lentamente, com o passar dos anos.
A pesquisa, porém, mostrou que os homens também participaram mais do cuidados de pessoas. Na passagem de 2016 para 2017, o porcentual de pessoas que cuidavam de outros moradores do domicílio ou de parentes que não moravam com elas cresceu de 26,9% para 31,5%, um aumento de 8,3 milhões de pessoas. Ou seja, no ano passado, 53,2 milhões de brasileiros dedicavam parte de seu tempo a cuidar de outra pessoa.
Enquanto 37,0% das mulheres realizaram tais cuidados em 2017, entre os homens a proporção foi de 25,6%. Na faixa mais jovem, de 14 a 24 anos houve a maior diferença na realização de cuidados entre homens e mulheres: 33,6% delas cuidavam de outras pessoas, enquanto apenas 18,5% dos rapazes o faziam.
Os filhos homens, entretanto, passaram a fazer mais essa tarefa, passando de uma fatia de 12,7% em 2016 para 16,2% deles em 2017, um crescimento de 27,6%. Já a taxa de participação das filhas ou enteadas no cuidado de pessoas cresceu de 25,9% para 30,2% no período de um ano.
Quando cruzados os períodos dedicados a afazeres domésticos e cuidados de pessoas, a taxa de realização dessas duas atividades conjuntamente foi de 92,6% para as mulheres e de 78,7% entre os homens. As mulheres dedicaram quase o dobro de horas do que os homens, uma média de 20,9 horas semanais, contra as 10,8 horas deles.
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