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Economia

- Publicada em 10 de Abril de 2018 às 09:33

Ações da Eletrobrás caem com mudanças no Ministério de Minas e Energia

Agência Estado
As ações da Eletrobrás caíram nessa segunda-feira (9), pelo segundo dia consecutivo, num sinal de que o mercado desconfia dos rumos do programa de privatização, apesar das afirmações do futuro ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, de que nada mudará. A saída do ex-secretário executivo da pasta Paulo Pedrosa, um nome da preferência do setor, ocorrida na sexta-feira ainda alimenta temores sobre o rumo das políticas da pasta. Eles foram reforçados nessa segunda-feira pelo pedido de demissão do presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Luiz Barroso.
As ações da Eletrobrás caíram nessa segunda-feira (9), pelo segundo dia consecutivo, num sinal de que o mercado desconfia dos rumos do programa de privatização, apesar das afirmações do futuro ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, de que nada mudará. A saída do ex-secretário executivo da pasta Paulo Pedrosa, um nome da preferência do setor, ocorrida na sexta-feira ainda alimenta temores sobre o rumo das políticas da pasta. Eles foram reforçados nessa segunda-feira pelo pedido de demissão do presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Luiz Barroso.
No esforço de mostrar que haverá continuidade, Moreira Franco disse ao Estado que escolheu Márcio Félix, atual secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, para ser seu secretário executivo. Ele integrava a equipe do ex-ministro Fernando Coelho Filho e tem uma atuação bem avaliada pelo setor.
A informação, dada no início da tarde, não evitou que as ações da estatal terminassem o dia em queda. Os papéis com direito a voto tiveram redução de 9,56%, para R$ 18,36, enquanto as ações preferenciais perderam 6,74%, para R$ 22,01. Na última sexta-feira, as ações ordinárias já tinham tido queda de 9,17% e as preferenciais, de R$ 8,17%. Segundo analistas, há preocupação com as dificuldades que o governo vem enfrentando no processo.
As regras para a privatização ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional, onde até a base governista reluta em discutir o assunto. Além disso, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler levantou dúvidas quanto à constitucionalidade da operação. Já o projeto de lei sobre a reforma no marco regulatório, que também contém temas que dão suporte à privatização, sequer saiu da Casa Civil.
Executivos do setor elétrico estão preocupados com o futuro da agenda setorial. O receio é que, com baixas de nomes técnicos, seja formado um time "mais político". Um executivo que pediu anonimato se disse frustrado pelo fato de não ter sido adotada, no Minas e Energia, a sucessão por técnicos da pasta como ocorreu, por exemplo, na Fazenda e no Planejamento, onde os secretários executivos assumiram o comando dos ministérios.
Para se contrapor a essas avaliações, Moreira Franco disse nessa segunda-feira que a privatização da Eletrobrás foi viabilizada pela atuação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que ele comanda. O PPI coordena as privatizações e concessões do governo de Michel Temer. A dúvida do mercado é se, mesmo com essas credenciais, ele comprará brigas políticas para seguir com o programa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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