Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 25 de Abril de 2018 às 08:24

Encontro de gerações: Thedy Corrêa e Luiz Marenco unem vozes no palco do São Pedro

Apresentação será convergência da 'cidade' de Thedy (e) com o 'campo' de Marenco (d)

Apresentação será convergência da 'cidade' de Thedy (e) com o 'campo' de Marenco (d)


CÉSAR CATTANI/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Dois estilos diferentes, mas unidos pela paixão em escrever poesias. Thedy Corrêa e Luiz Marenco unem suas distintas influências musicais e letras para apresentar o show A cidade encontra o campo nesta quarta-feira (25), no palco do Theatro São Pedro. Os ingressos variam entre R$ 30,00 e R$ 70,00.
Dois estilos diferentes, mas unidos pela paixão em escrever poesias. Thedy Corrêa e Luiz Marenco unem suas distintas influências musicais e letras para apresentar o show A cidade encontra o campo nesta quarta-feira (25), no palco do Theatro São Pedro. Os ingressos variam entre R$ 30,00 e R$ 70,00.
O objetivo de Corrêa e Marenco com o espetáculo é buscar uma convergência de ideias baseada em suas expressões artísticas e como um influencia o trabalho do outro, com a "cidade" de Thedy e o "campo" de Marenco. "Morei um tempo no pequeno distrito de São Jerônimo e pude entender mais sobre este universo. Eu canto aquilo que sinto, e viver no campo pode me fazer enxergar aquilo que eu canto", relata Marenco. Já para Corrêa, ele identifica o campo pela nostalgia, considerando que seu avô era um tropeiro responsável pela gaita. "O respeito ao campo também parte da cidade. Meus avôs introduziram esse sentimento. Tenho essa identificação nas minhas raízes", comenta o integrante da Nenhum de Nós.
Os artistas tiveram o primeiro contato na extinta Orbeat Music quando o vocalista da Nenhum de Nós participava como diretor artístico. "Nos conhecemos lá e desenvolvemos afinidade a partir de nosso interesse mútuo pela poesia", conta Thedy. Ele relembra que os dois conversaram sobre o disco Querência, tempo e ausência, com análise das letras e discussão sobre as temáticas abordadas. "Nós dois valorizamos muito a palavra escrita e falada e percebemos nossa semelhança neste âmbito." Corrêa foi um dos coprodutores do LP de Luiz Marenco.
A partir de então, a parceria se tornou mais sólida e, com o tempo, veio o projeto A cidade encontra o campo. A ideia do espetáculo surgiu quando Luiz Marenco estava em Pelotas e se encontrou em um hotel com Corrêa. "Foi maravilhoso, pois ali pude mostrar a ele as melodias e as poesias que eu gostava e ele compartilhava o mesmo gosto. Logo em seguida, seguimos para um estúdio e gravamos", relembra Marenco.
A união se estreitou ainda mais quando ambos perceberam suas semelhanças. "Pelo ser humano que ele é, o caráter dele, isso me motivou a seguir o trabalho juntos. Por mais que o Thedy cante rock e eu o folclore regional, somos amantes da música, que gostam de cantar, então, por que não fazer isso juntos?", indaga o tradicionalista.
O repertório do show inclui sucessos de ambos, como Diga a ela; Julho de 83; Batendo água; Guri e Cantador de Campanha. O intuito do espetáculo é levar o público a fazer uma viagem, com a cidade indo de encontro ao campo. "Trouxemos ainda canções de outros artistas que tenham relação com o tema, como Desgarrados, que conta a história de uma pessoa que vem da vida rural. Existe um drama na música que aproxima muito do sentido da cidade encontra o campo", destaca Thedy.
E não serão apenas Corrêa e Marenco que subirão ao palco no show. No acordeão estará Aluisio Rochemback, companheiro de estrada do nativista há 14 anos e que já possui dois discos instrumentais em sua carreira. Também se unem a eles Douglas Vallejos, no baixo acústico, e Luciano Fagundes, no violão. "São músicos de primeira qualidade. O segundo álbum do Aluisio foi lançado no começo de abril no Theatro São Pedro, com músicas cantadas pelo Duca Leindecker, pelo próprio Thedy, pelo Vitor Ramil, pelo Pires Cagreco e por mim", elogia Marenco.
Mesmo concentrados neste espetáculo, ambos projetam parcerias futuras. "Acredito que pode haver, sim, colaborações com outros também. É sempre bom aproximar músicos e estilos diferentes do seu", esclarece o vocalista da Nenhum de Nós. Marenco compartilha o pensamento, destacando algumas ideias de futuros projetos. "Pensamos em fazer um disco, um DVD e, quem sabe, podemos voltar a outros elementos, com mais músicos. São apenas ideias ainda", reforça.
Em suas carreiras, os dois também seguem produzindo. Juntamente com a sua banda, Corrêa lançou, em São Paulo, o novo trabalho Doble Chapa, que ele define como músicas que apresentam forte influência uruguaia e argentina, eliminando fronteiras e aproximando culturas. Marenco, por sua vez, registrou em uma estância um disco com Gabriel Selvage e também estará gravando um DVD em forma de documentário em celebração aos 30 anos de carreira.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO