Foi reativada, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a Escola de Hotelaria no Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare. A parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social, a prefeitura e o Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac - Rio de Janeiro) vai possibilitar a abertura de 160 vagas para cursos de camareira, recepcionista e organizador de eventos para jovens da comunidade.
O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, destacou que a parceria faz parte das ações emergenciais do programa Progredir, lançado em setembro de 2017, com o objetivo de incentivar o empreendedorismo entre os beneficiários de programas sociais do governo federal. Segundo Terra, a ação também é uma contribuição da pasta para a intervenção na segurança pública do estado.
"O País foi tomado por uma epidemia de violência e de drogas, estamos vivendo um tempo muito difícil e que agora começa o processo de reversão disso. Não é simples fazer isso, é uma bola de neve que foi crescendo e agora temos que fazê-la voltar. Não se faz sozinho e só com repressão, embora a repressão seja importante, temos que resgatar a autoridade".
O ministro disse que o Sesc vai oferecer 4 mil vagas para a capacitação em áreas de comércio, serviço e turismo para o público do Progredir. Ele anunciou que pretende levar para a Rocinha o programa Criança Feliz, de atenção à primeira infância.
"É missão hoje das Forças Armadas e das forças de segurança do Rio mostrar que aqui quem manda é o estado democrático, não é um grupo de traficantes. Isso é muito importante até para libertar a juventude e poder trabalhar com ela o processo educacional, poder entrar com liberdade nas zonas de riscos, nas favelas, trazer a juventude para o contraturno da escola, para a capacitação profissional".
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, destacou que a comunidade passa por um momento difícil, mas "é fundamental não cair na paralisia" e continuar com esperança e sonhos. "Os jovens estão morrendo como se nós vivêssemos em uma guerra. E com a morte dos jovens, está morrendo o futuro. A perda de um jovem é a perda de um filho, isso nos toca, nos faz sentir culpados. Por isso esses projetos são sementes, você abre portas para quem tem as portas da vida fechadas", destacou.