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Saúde

- Publicada em 19 de Março de 2018 às 22:13

Prefeitura de Porto Alegre inaugura a Clínica da Família José Mauro Cerati Lopes

Clínica funcionará diariamente, das 8h às 20h

Clínica funcionará diariamente, das 8h às 20h


MARCO QUINTANA/JC
Uma das principais promessas da campanha do prefeito Nelson Marchezan Júnior começou a tomar forma na Capital. Ontem, foi inaugurada oficialmente a Clínica da Família José Mauro Cerati Lopes, junto ao Hospital Restinga e Extremo-Sul, na Zona Sul, a primeira destinada especificamente à atenção primária de Porto Alegre. Com custo mensal de pelo menos R$ 300 mil somente em recursos humanos, a clínica contará com 48 profissionais da saúde - seis equipes de atenção básica e quatro de saúde bucal - e pretende dar conta do atendimento de 18 mil pessoas da região.
Uma das principais promessas da campanha do prefeito Nelson Marchezan Júnior começou a tomar forma na Capital. Ontem, foi inaugurada oficialmente a Clínica da Família José Mauro Cerati Lopes, junto ao Hospital Restinga e Extremo-Sul, na Zona Sul, a primeira destinada especificamente à atenção primária de Porto Alegre. Com custo mensal de pelo menos R$ 300 mil somente em recursos humanos, a clínica contará com 48 profissionais da saúde - seis equipes de atenção básica e quatro de saúde bucal - e pretende dar conta do atendimento de 18 mil pessoas da região.
O novo serviço já está funcionando desde a semana passada, em uma área de 1,1 mil metros quadrados, diariamente, das 8h às 20h. A intenção da prefeitura, com a ampliação do atendimento, é desafogar a emergência do Hospital Restinga e também das unidades de saúde Macedônia (avenida Macedônia, 199, bairro Restinga) e Vila Pitinga (rua Marco Antônio Veiga Pereira, 356, bairro Pitinga). A unidade de saúde Castelo (estrada João Antônio da Silveira, 2.739, bairro Restinga), cuja estrutura não era adequada para o atendimento à população, foi desativada, e as equipes que lá trabalhavam foram realocadas para a nova clínica.
Durante a inauguração, tanto o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, como o prefeito Nelson Marchezan Júnior fizeram questão de lembrar que essa entrega ocorre somente com o apoio da iniciativa privada. Isso porque a nova clínica é fruto de uma parceria entre a prefeitura, o Ministério da Saúde, o governo do Estado e o Hospital Moinhos de Vento, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
O próprio Hospital Restinga também surgiu por meio dessa contribuição e, conforme destacado pelo superintendente executivo do Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, os óbitos registrados na região caíram cerca de 22% entre 2013 e 2015. O hospital foi entregue à população em julho de 2014, sob gestão do ex-prefeito José Fortunati, com a promessa de atender 13 mil pessoas por mês. O investimento na adaptação da área ocupada pela nova clínica foi de cerca de R$ 1 milhão, sem custos à prefeitura. Todos os servidores são vinculados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf).
Segundo Marchezan, a intenção da prefeitura é entregar mais sete unidades de saúde nos moldes da Clínica José Cerati até o final da gestão. "Esse modelo é o que queremos para o futuro do atendimento básico de Porto Alegre, e só está sendo possível porque tivemos apoio de parceria público-privada. Provavelmente, os próximos também só serão possíveis em virtude disso", esclarece, acrescentando que, "assim que as contas da prefeitura forem arrumadas, esse será o caminho a ser seguido".
O modelo a que Marchezan se refere diz respeito à quantidade de serviços oferecidos pela unidade. A clínica vai atender a casos que abrangem primeiro atendimento, prevenção, diagnóstico, exames de imagem e de coleta, tratamento, reabilitação e até pequenos procedimentos cirúrgicos, como drenagem de abcessos e suturas.
"Se uma criança da região cai, brincando, e se corta, precisa ir até o HPS (Hospital de Pronto Socorro) ou até o (hospital) Cristo Redentor. Não há necessidade de deslocamento. É uma unidade de saúde como as outras, mas é mais completa e resolutiva", explica o secretário Harzheim. Além disso, se, em um primeiro atendimento, for identificado que o caso é grave, que precisa de internação ou que requer atendimento de um especialista, o paciente pode ser encaminhado rapidamente ao Hospital Restinga.

Secretário promete, para o segundo semestre, oferta de novos serviços no Hospital Restinga

Embora o Hospital Restinga e Extremo-Sul tenha sido inaugurado em 2014, a instituição não funciona a pleno. Ainda não há bloco cirúrgico, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e ambulatório de especialidades. O Centro de Especialidades, inaugurado em dezembro de 2015, só dispunha de especialistas em infectologia e medicina interna, com capacidade de atendimento de 12 mil pessoas por mês. No entanto, a área estava sendo subutilizada - no ano passado, realizou mil atendimentos por mês - e, por isso, foi adaptada para dar lugar à Clínica da Família.
Harzheim garante, porém, que a expansão do atendimento de especialistas não foi esquecida. "Da metade deste ano em diante, o Hospital Restinga vai ampliar o leque de serviços. Como o contrato atual terminará, o novo chamamento deve incluir a ampliação de serviços", explica. Além do bloco cirúrgico, do ambulatório de especialidades e da UTI, a prefeitura pretende abrir mais vagas. Hoje, o hospital oferece 62 leitos de internação e 25 vagas de emergência. A intenção é que, ao final da ampliação, sejam 140 no total.