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Economia

- Publicada em 20 de Março de 2018 às 19:04

Caixa vai reter lucro de 2017 para reforçar capital

Banco busca retomar a liderança nos financiamentos imobiliários

Banco busca retomar a liderança nos financiamentos imobiliários


/ELZA FIÚZA/ABR/JC
Depois de perder a liderança para concorrentes em áreas como a de financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal deve ficar com todo o lucro de 2017 - mais de R$ 10 bilhões - para retomar o fôlego no mercado de crédito. Por lei, o banco tem de repassar 25% do resultado para o Tesouro Nacional, mas será liberado dessa obrigação neste ano.
Depois de perder a liderança para concorrentes em áreas como a de financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal deve ficar com todo o lucro de 2017 - mais de R$ 10 bilhões - para retomar o fôlego no mercado de crédito. Por lei, o banco tem de repassar 25% do resultado para o Tesouro Nacional, mas será liberado dessa obrigação neste ano.
Embora esteja prestes a divulgar, nos próximos dias, um lucro recorde, o banco estatal enfrenta uma limitação para ampliar os empréstimos, porque está perto de descumprir normas internacionais que exigem mais capital próprio para fazer frente ao risco de perdas nas operações de crédito.
A direção do banco está encarando o resultado do ano passado como uma boia de salvação para equacionar o problema da falta de capital. Segundo as informações iniciais, o resultado será superior ao recorde anterior, de R$ 7,3 bilhões, registrado em 2015. Em 2016, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 4,137 bilhões, resultado 41,8% inferior na comparação com o ano anterior.
Mesmo tendo lucro nos últimos anos, a Caixa sempre repassou boa parte dele ao Tesouro Nacional na forma de dividendos. Diante da necessidade de capital, o banco pediu para ficar com a totalidade do resultado.
O governo federal agora sinaliza que abrirá mão dos dividendos. Nessa operação, a Caixa deve transferir 25% do lucro ao governo que devolveria em seguida em uma operação de capitalização.
Para solucionar o problema de capital, a instituição tentou tomar R$ 15 bilhões emprestados em polêmica operação com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A operação foi abortada e, sem capital novo, o banco empresta cada vez menos.
Em um evento realizado no Rio de Janeiro na segunda-feira, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, prometeu que o banco reduzirá o juro do financiamento habitacional ainda neste mês. A iniciativa já faz parte do plano de reação, cujo principal ponto é ter mais dinheiro para emprestar.
Occhi disse que o banco terá R$ 82,1 bilhões para o setor imobiliário neste ano. O valor é um pouco superior ao do ano passado (R$ 80,9 bilhões), mas bem inferior ao de 2016
(R$ 93,7 bilhões).
A Caixa quer reverter uma situação inédita: com a crise, o banco já não é mais líder no financiamento imobiliário. Em dezembro de 2017, a Caixa ocupou um modesto quarto lugar no ranking dos que mais financiaram imóveis com recursos da poupança. Foram
R$ 470,4 milhões, 85% menos que um ano antes. Com esse tombo, a Caixa ficou com um terço do tamanho do Itaú Unibanco naquele mês, que financiou R$ 1,2 bilhão e liderou o ranking da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
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