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Economia

- Publicada em 01 de Março de 2018 às 19:23

PIB abaixo da mediana alimenta aposta em queda da Selic e juros curtos caem

Agência Estado
Os juros futuros oscilaram de forma moderada nesta quinta-feira (1º) apesar da agenda forte de indicadores locais e da movimentação intensa no exterior, especialmente no período da tarde. As taxas de curto prazo estiveram em baixa na maior parte do dia, refletindo a expectativa de mais um corte da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua reunião de março, reforçada hoje pelo Produto Interno Bruto (PIB) abaixo da mediana das estimativas. Na curva a termo, as apostas em torno de uma redução de 0,25 ponto na taxa básica este mês deram um salto. Os longos oscilaram em alta com o avanço do dólar, mas o movimento perdeu força na etapa final, a despeito da redução do apetite pelo risco visto nos mercados em Wall Street.
Os juros futuros oscilaram de forma moderada nesta quinta-feira (1º) apesar da agenda forte de indicadores locais e da movimentação intensa no exterior, especialmente no período da tarde. As taxas de curto prazo estiveram em baixa na maior parte do dia, refletindo a expectativa de mais um corte da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua reunião de março, reforçada hoje pelo Produto Interno Bruto (PIB) abaixo da mediana das estimativas. Na curva a termo, as apostas em torno de uma redução de 0,25 ponto na taxa básica este mês deram um salto. Os longos oscilaram em alta com o avanço do dólar, mas o movimento perdeu força na etapa final, a despeito da redução do apetite pelo risco visto nos mercados em Wall Street.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 encerrou em 6,555%, de 6,575% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 recuou de 7,55% para 7,53%. A taxa do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,45% para 8,43. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,24% (mínima), de 9,25%.
De maneira geral, o mercado de juros apresentou boa resistência ao contágio da piora dos ativos no exterior a partir do meio da tarde, quando foi divulgada a decisão do governo Trump de aplicar tarifa de 25% para a importação de aço pelos Estados Unidos. O anúncio provocou busca por ativos de segurança, penalizando as bolsas e acelerando a queda do rendimento dos Treasuries, com os investidores receosos em relação a uma possível guerra comercial. Contudo, as taxas longas na curva doméstica, mais sensíveis ao cenário externo, não se abalaram.
Os indicadores econômicos brasileiros, em boa medida, acabam servindo de escudo, na medida em que têm sinalizado espaço para mais uma redução da Selic. Se ontem o aumento do desemprego, ainda que por fatores sazonais, deu combustível para o crescimento das apostas no corte de 0,25 ponto porcentual da taxa este mês, hoje a bola da vez foi o PIB. A economia cresceu 0,1% no quarto trimestre na margem, variação que era o piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, cuja mediana era de 0,30%. Após dois anos de queda, em 2017 o PIB subiu 1,0%, ante mediana esperada de 1,10%.
"O PIB deu algum gás para vender taxa curta. Veio mais fraco do que o mercado imaginava e, em tese, justifica juros em níveis estimulativos ainda por um bom tempo", disse o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno.
Relatório da Quantitas Asset aponta que, na curva, a precificação para a Selic em março passou de -14 para -17 pontos-base, entre ontem e hoje, ou seja, a probabilidade de queda de 0,25 ponto avançou de 57% para 67%. Ao mesmo tempo, as chances de manutenção do patamar atual de 6,75% caíram de 43% para 33%.
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