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Economia

- Publicada em 01 de Março de 2018 às 14:43

Forças que propiciaram crescimento do Brasil não atuarão no futuro, diz OCDE

Agência Estado
Algumas das forças que propiciaram no passado o crescimento da economia brasileira e, mais recentemente, a retomada do Produto Interno Bruto (PIB) depois de dois anos seguidos de recessão não estarão no futuro. A previsão foi feita nesta quinta-feira (1º) pelo economista responsável por Brasil na Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), Jens Arnold. Ele se refere aos preços das commodities e ao bônus demográfico que permitiu a expansão da massa salarial.
Algumas das forças que propiciaram no passado o crescimento da economia brasileira e, mais recentemente, a retomada do Produto Interno Bruto (PIB) depois de dois anos seguidos de recessão não estarão no futuro. A previsão foi feita nesta quinta-feira (1º) pelo economista responsável por Brasil na Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), Jens Arnold. Ele se refere aos preços das commodities e ao bônus demográfico que permitiu a expansão da massa salarial.
Arnold falou durante apresentação do Relatório Econômico OCDE Brasil 2018 - Construindo um Brasil mais Próspero e Produtivo, na sede do Insper, em São Paulo. "Além disso, a produtividade no Brasil é relativamente muito fraca. Vale lembrar que o quadro fiscal hoje no Brasil é muito mais complexo do que foi no passado", observou. O relatório é feito a cada dois anos.
O economista da OCDE não deixou de comentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, que, conforme divulgou nesta quinta-feira, 1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 1%. "Após oito trimestres consecutivos, o crescimento voltou e tudo aponta para uma luz no fim do túnel. Hoje saiu o PIB de 2017 e certamente o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal e as reformas que já foram feitas contribuíram para recuperar a confiança dos agentes econômicos", disse Arnold.
De acordo com ele, as projeções da OCDE e de outros observadores da economia brasileira são de continuidade do crescimento retomado em 2017. E com isso, disse o economista, o desemprego que vinha crescendo durante dois anos já começou a cair, depois de atingir pico de 13%. "A inflação caiu de mais de 10% em 2016 para abaixo de 3%. Isso abriu espaço para queda de juros", pontuou o economista da OCDE.
No entanto, ponderou Arnold, há muitos desafios estruturais na economia brasileira a serem enfrentados. Um deles é a produtividade, que claramente é muito baixa no Brasil em comparação com outros países.
"Na OCDE estamos interessados em medidas de bem-estar, que vão além do PIB como indicador de crescimento. Nesta ótica, o desempenho do Brasil é bom só em alguns pontos, como bem-estar subjetivo, por exemplo, que mostra que o brasileiro é um povo muito feliz e otimista." Mas, de acordo com Arnold, o Brasil está muito abaixo da média de outros países em indicadores como os de renda, riqueza, emprego, saúde, segurança, educação, meio ambiente e capacitação.
É também um dos países mais desiguais do mundo, com metade da população tendo acesso a apenas 10% do total da renda familiar, enquanto a outra metade tem acesso a 90%. "Olhando para frente, é importante frisar que sem reformas e mudanças de rumo, o Brasil não vai conseguir crescer na mesma medida que cresceu na primeira década deste milênio", disse o economista da OCDE.
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