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Política

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2018 às 14:53

'Tenho dúvidas sobre o resultado da intervenção', diz Marco Aurélio

Mello creditou a intervenção não só à violência, mas também às ausências do prefeito e governador

Mello creditou a intervenção não só à violência, mas também às ausências do prefeito e governador


CARLOS MOURA/SCO/STF/JC
Agência Estado
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o carioca Marco Aurélio Mello tem "sérias dúvidas" sobre o resultado da intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro. "Será que o Exército realmente vai solucionar a problemática da corrupção na polícia repressiva, que é a militar?", questionou o ministro.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o carioca Marco Aurélio Mello tem "sérias dúvidas" sobre o resultado da intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro. "Será que o Exército realmente vai solucionar a problemática da corrupção na polícia repressiva, que é a militar?", questionou o ministro.
Mello credita a decisão federal não só à escalada da violência como também às ausências do prefeito Marcelo Crivella (PRB) e do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). "O governador foi praticamente para um retiro", criticou. E preferiu não avaliar o decreto presidencial. "Se é constitucional ou inconstitucional, não irei comentar. Talvez eu possa até julgar isso."
Marco Aurélio diz que a situação do Rio "se tornou realmente crítica em termos de Segurança Pública". "Mas há outros problemas seriíssimos, como no Brasil inteiro. Saúde, educação, administração, mercado de trabalho, que tem uma oferta excessiva de mão de obra e escassez de emprego", citou. "Precisamos conceber é que a intervenção é sempre uma medida extrema, e na maioria das vezes não é parcial, como foi. Agora vamos ver o resultado. Eu creio que é hora de fechar as fronteiras quanto à entrada de armas e tóxicos."
O ministro citou ainda que dois fatores agravaram o quadro: o prefeito, que deveria estar no Rio durante a festa típica - o carnaval -, e viajou, e o governador que foi praticamente para um retiro, uma cidade do interior (Pezão passou o carnaval em Piraí, sua cidade natal), citou. "Nada surge sem uma causa, e houve três. Delinquência ao ponto que chegou, com arrastões, violência de toda ordem, com morte de policiais. A viagem do prefeito e esse abandono ao município. E também o afastamento, muito embora geográfico, no Brasil mesmo, do governador Pezão."
Sobre o Exército, Marco Aurélio citou desgaste em ir para rua. "A população de bem acreditar que vai ter uma segurança maior em curto espaço de tempo, e não ter. Isso desgastará a imagem do Exército. Logicamente, o Exército não existe para nos proporcionar segurança pública e interna. Existe para nos defender de uma agressão externa, por exemplo."
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