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Especiais#Cenário Digital

Evento

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2018 às 18:26

Especialistas debatem perspectivas e impactos das inovações

Blazoudakis, Bobsin e Goldschimidt (da esquerda para a direita) abordaram o impacto das inovações tecnológicas no dia a dia das pessoas e empresas

Blazoudakis, Bobsin e Goldschimidt (da esquerda para a direita) abordaram o impacto das inovações tecnológicas no dia a dia das pessoas e empresas


/MARIANA CARLESSO/JC
Três importantes atores da área de inovação e tecnologia do Rio Grande do Sul se reuniram no auditório do Jornal do Comércio, no início do mês, para discutir as novas perspectivas tecnológicas e seu impacto no dia a dia de pessoas e empresas. Com participação de uma plateia numerosa e atenta, o painel Cenário Digital abriu a programação da série Conexões de Negócios em 2018
Três importantes atores da área de inovação e tecnologia do Rio Grande do Sul se reuniram no auditório do Jornal do Comércio, no início do mês, para discutir as novas perspectivas tecnológicas e seu impacto no dia a dia de pessoas e empresas. Com participação de uma plateia numerosa e atenta, o painel Cenário Digital abriu a programação da série Conexões de Negócios em 2018
Os múltiplos efeitos da transformação digital, o papel da tecnologia na busca por clientes e as possibilidades de inovação no mercado do presente e do futuro foram alguns dos temas do painel Cenário Digital, realizado na sede do Jornal do Comércio, no dia 6 de fevereiro. Na primeira edição do ciclo Conexões de Negócios, o auditório ficou lotado para ouvir as ideias e os relatos de três personagens destacados no setor de inovação no Estado: Andreas Blazoudakis (cofundador e vice-presidente de inovação da Movile e fundador do Delivery Center), Cassio Bobsin (CEO da Zenvia e cofundador da WOW Aceleradora) e Gustavo Goldschmidt (cofundador e CEO do Superplayer).
Em uma conversa pautada pela informalidade e objetividade, os participantes responderam a perguntas da plateia e das jornalistas mediadoras - Ana Fritsch (editora de Cadernos Especiais) e Patricia Knebel (titular da coluna Mercado Digital). A primeira parte do debate se concentrou em conceitos como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data - aspectos tecnológicos cada vez mais presentes, e nem sempre compreendidos pelo público em geral. "As tecnologias nos impactam de formas que, às vezes, nem percebemos", observou Goldschmidt, citando o exemplo da Internet das Coisas: "Primeiro eram os computadores conectados e depois, mais ainda, os smartphones. Agora, estamos falando de TVs e carros conectados. Isso (a Internet das Coisas) gera um volume imenso de informações, o que chamamos de Big Data, que são dados em tempo real e em grande volume. Desses dados, podemos extrair informações por meio do Machine Learning (aprendizado de máquina), que é a forma com que estamos conseguindo identificar e fazer as máquinas desempenharem tarefas humanas".
Os convidados lembraram que, além de estar atentas às novidades trazidas pela tecnologia, as empresas também precisam interpretar esse novo volume de informações - para entender as necessidades dos clientes e proporcionar a eles a melhor experiência possível. "O que diferencia o empreendedor é quando ele se apaixona pelo problema que quer resolver, seja qual for a tecnologia. É preciso responder a algumas perguntas: que problemas existem, quais queremos resolver e que tecnologias podem servir para isso? O Machine Learning vem avançando muito e pode ser usado pelas pessoas para aumentar a eficiência dos seus negócios, fazer processos melhores. É preciso gente inteligente para fazer isso funcionar", explicou Bobsin.
Questionados sobre o impacto futuro da Inteligência Artificial no mercado de trabalho, os convidados descartaram a hipótese de que a automação venha a determinar uma redução drástica no nível de empregos. "Os empregos vão se reinventar", previu Blazoudakis, lembrando que a chegada de serviços como Uber e Cabify a Porto Alegre fez surgir cerca de 8 mil novos motoristas na cidade. "Eles chegaram trabalhando melhor para nós e fizeram a classe dos taxistas se movimentar, então as pessoas estão qualificadas. Quando lançarmos serviços no WhatsApp, teremos milhões de pessoas prontas. Há abundância de recursos nas cidades. A China tem um bilhão de pessoas, e todas estão bem empregadas, e eles estão liderando a era da Inteligência Artificial", comentou. "Vejo condições de as pessoas irem aprendendo e adaptando suas carreiras aos avanços tecnológicos", observou Bobsin, para, em outro momento, falar sobre duas novas funções criadas no ano passado: criadores e treinadores de robôs: "Essas profissões não existiam, então como iríamos contratar? Vimos que havia pessoas com condições de aprender a fazer, e foi um sucesso. E aí pode haver várias carreiras como essas".

Andreas Blazoudakis fala sobre os novos serviços para o consumidor

Cenário Digital: Andreas Blazoudakis, cofundador da Movile, e os novos serviços para o consumidor.

Cenário Digital: Andreas Blazoudakis, cofundador da Movile, e os novos serviços para o consumidor.


LUIZA PRADO/JC
 

Gustavo Goldschmidt sobre os novos projetos da Superplayer

Cenário Digital: a fábrica de música da Superplayer. CEO e fundador Gustavo Goldschmidt fala das novas áreas e apostas da empresa.

Cenário Digital: a fábrica de música da Superplayer. CEO e fundador Gustavo Goldschmidt fala das novas áreas e apostas da empresa.


LUIZA PRADO/JC
 

Cassio Bobsin discute o impacto das tecnologias nas empresas

Cenário Digital: CEO da Zenvia, Cassio Bobsin, fala do impacto das tecnologias nas empresas

Cenário Digital: CEO da Zenvia, Cassio Bobsin, fala do impacto das tecnologias nas empresas


LUIZA PRADO/JC
 

Mensageiros e assistentes de voz são destaques

Em pouco tempo, os aplicativos de compra de produtos poderão dar lugar aos serviços de mensagens, na opinião de Blazoudakis: "Não faz sentido baixar um aplicativo para comprar cada coisa. Na China, entro no WeChat e ali estão milhares de serviços rodando".
Outra inovação com grande potencial são os assistentes de voz, que permitem ao cliente dar comandos com a fala. "Quanto mais dados gerarmos, menos botões teremos que apertar. Os assistentes são uma redução de interface, na qual o fluxo de conversa é importante", comparou Goldschmidt.