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Economia

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2018 às 22:45

Abragel espera aumento da geração de PCHs

Resultados dos últimos leilões do setor preocupam empreendedores

Resultados dos últimos leilões do setor preocupam empreendedores


/TATIANA GOMES/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
O governo federal está elaborando reformulações nas normas do setor elétrico, e um segmento que será diretamente afetado é o das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Entre as medidas previstas, adianta o presidente interino da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Ricardo Pigatto, está a retirada da condição de geradoras especiais dessas usinas dentro do ambiente do mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a energia). O dirigente comenta que empreendedores e governo negociam que essa perda de espaço seja compensada pela venda de energia nos leilões destinados a atender ao mercado regulado (o das concessionárias como CEEE-D, RGE e RGE Sul).
O governo federal está elaborando reformulações nas normas do setor elétrico, e um segmento que será diretamente afetado é o das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Entre as medidas previstas, adianta o presidente interino da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Ricardo Pigatto, está a retirada da condição de geradoras especiais dessas usinas dentro do ambiente do mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a energia). O dirigente comenta que empreendedores e governo negociam que essa perda de espaço seja compensada pela venda de energia nos leilões destinados a atender ao mercado regulado (o das concessionárias como CEEE-D, RGE e RGE Sul).
Como fonte incentivada, como é considerada hoje, as PCHs contam com descontos no uso dos sistemas de transmissão e distribuição quando comercializam para o mercado livre. Pigatto diz que esse fator é fundamental para a competitividade dessas usinas, que têm uma capacidade instalada máxima de até 30 MW. O dirigente da Abragel defende que o governo precisa propiciar meios para que as PCHs também tenham possibilidades reais de sucesso nos leilões feitos para atender ao sistema elétrico interligado do País. Porém, os preços baixos pela produção de energia verificados nos últimos anos e os resultados dos certames realizados em dezembro preocupam os empreendedores.
"A gente ficou muito decepcionado, porque o governo tinha sinalizado que, provavelmente, as PCHs iriam comercializar 10% da demanda (nos leilões de dezembro)", revela Pigatto. Conforme o empresário, a demanda ficou em cerca de 3 mil MW, e as PCHs não venderam mais do que 100 MW. Para o próximo leilão, que irá ocorrer no mês de abril, o presidente interino da Abragel revela que já foram cadastrados, aproximadamente, 1 mil MW (cerca de 25% da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul) em capacidade instalada de PCHs. Esses empreendimentos ainda necessitam passar por mais uma etapa, que é a de habilitação, na qual são entregues mais documentos e garantias por parte dos investidores. Pigatto calcula que, ao final, devem ser confirmados na disputa em torno de 800 MW provenientes de pequenas centrais hidrelétricas.
Entre os projetos que já manifestaram o interesse em participar da concorrência está o complexo Toropi, que conta com a participação do grupo Havan. A iniciativa, orçada em cerca de R$ 400 milhões, envolve quatro PCHs, que somam uma capacidade instalada de 63 MW. As usinas, saindo vitoriosas do leilão, serão construídas nos municípios de Quevedos, São Martinho da Serra e Júlio de Castilhos. O presidente interino da Abragel atesta que esses empreendimentos têm boas chances de serem exitosos.
Apesar desse aspecto otimista, Pigatto adverte que uma dificuldade que se apresentará no certame de abril é a perspectiva de um minguado volume de energia a ser contratado. No entanto, o dirigente salienta que a expectativa é de que um novo leilão seja disputado até junho deste ano, apresentando uma demanda maior.
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