Trabalhadores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e à Via Campesina fizeram uma caminhada na manhã desta segunda-feira (22), em Porto Alegre, em ato em defesa ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que será julgado pelo TRF-4 na próxima quarta (24) no âmbito da Operação Lava Jato. Os manifestantes se reuniram por volta das 6h30min em frente ao antigo posto fiscal da Receita, na BR-116, nas proximidades da Ponte do Guaíba, de onde seguiram para a Capital.
Os trabalhadores seguiram em marcha até o Anfiteatro Pôr-do-Sol, na avenida Edvaldo Pereira Paiva, onde está sendo montado um acampamento da Frente Brasil Popular. Integrantes da Brigada Militar e o Exército acompanharam o ato. De acordo com os organizadores, cerca de três mil trabalhadores participaram da marcha. Por volta das 10h, o grupo chegou ao destino final e a manifestação foi encerrada.
O trajeto previsto para a manifestação envolveu itinerário de 7,6 quilômetros, passando por quatro avenidas: da Legalidade e da Democracia, Mauá, Presidente João Goulart e Edvaldo Pereira Paiva. A mobilização contou ainda com a presença do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, do presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Edegar Pretto (PT), e de lideranças de movimentos populares.
Desde as primeiras horas da manhã, o trânsito é intenso nos acessos à Porto Alegre, com registro de grandes congestionamentos. Somente uma faixa da avenida da Legalidade estava liberada durante o ato, e o trânsito fluía com muita lentidão. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a BR-290 teve 10 quilômetros de congestionamento por volta das 8h. Outros sete quilômetros de trânsito parado foram registrados na Freeway.