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Política

- Publicada em 17 de Janeiro de 2018 às 13:05

Primos de Lula organizam ato em Garanhuns (PE) para acompanhar julgamento

Agência Estado
Primos de segundo grau do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão organizando uma manifestação em Garanhuns (PE), cidade natal de Lula, para o próximo dia 23 de janeiro, véspera de julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, da condenação do petista pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Primos de segundo grau do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão organizando uma manifestação em Garanhuns (PE), cidade natal de Lula, para o próximo dia 23 de janeiro, véspera de julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, da condenação do petista pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além do ato, os parentes discutem a possibilidade da realização de uma vigília até a definição do último voto. "Ainda sou otimista. Acho que no dia 24 podemos até fazer uma grande festa na cidade pela sua absolvição", disse José Moura de Melo, de 64 anos, que é primo de Lula e um dos organizadores do ato.
Outro organizador da manifestação é o também primo de segundo grau do ex-presidente Eraldo Ferreira dos Santos, o Eraldo do PT, de 61 anos. Segundo ele, a expectativa é de reunir cerca de 10 mil pessoas no centro da cidade. "Durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff nós reunimos cerca de 5 mil. Agora, em se tratando de Lula, nós acreditamos em uma participação muito maior. Podemos ter o dobro", avaliou.
Os detalhes da manifestação ainda estão sendo definidos. O que se sabe até agora é que ele terá a participação das centrais sindicais. A assessoria de imprensa da prefeitura de Garanhuns, cujo o prefeito é Izaías Régis (PDT), afirmou que a "municipalidade não irá se envolver no ato".
Segundo Moura de Melo, o sentimento na cidade é de indignação "por não existir justiça no País": "Não se fala em outra coisa pela cidade. Quando as pessoas se juntam é para discutir o caso do Lula. Eu mesmo sou abordado por muita gente que até sugere que a gente devia se juntar e pagar o valor do tal apartamento Guarujá", conta.
Já para Ferreira, a população de Garanhuns e região está estarrecida. "O que está prestes a acontecer é um crime. Nós esperamos um lampejo de lucidez dos juízes", comentou.
Apesar de responsáveis pela mobilização, Moura de Melo e Eraldo irão se separar no dia do julgamento. Moura de Melo tem viagem marcada para Porto Alegre - onde irá acompanhar "o mais perto possível" o desfecho do julgamento do primo. Já Eraldo permanecerá em Garanhuns. "Lá (em Porto Alegre) eu seria mais um. Aqui em Garanhuns eu posso fazer diferença e ajudar na organização do ato", disse.
O ex-presidente Lula deixou a cidade de Garanhuns com a família quando ainda tinha apenas 7 anos de idade. Ainda assim, não faltam moradores que se dizem amigos próximos ou parentes do ex-presidente.
No ano passado, Lula chegou a brincar sobre a possibilidade de pedir asilo em algum país por causa das investigações da Operação Lava Jato: "O único país do mundo para qual pediria asilo seria Garanhuns". De fato, hoje o sítio onde Lula nasceu fica em Caetés, mas, na época (1945, ano de nascimento do presidente), o local ainda era um distrito de Garanhuns (Caetés se emanciparia em 1963).

Disputa pela Avenida Paulista

Uma reunião com a Polícia Militar deve definir quais grupos poderão usar a Avenida Paulista como palco de manifestações durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Movimento Brasil Livre (MBL) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) desejam ocupar a famosa avenida paulistana.
A reunião foi confirmada pelo presidente da CUT, Douglas Izzo. Questionada pela reportagem, a assessoria da Polícia Militar não se manifestou especificamente sobre o encontro.
O MBL foi o primeiro a comunicar ao comando da PM sobre a organização de uma manifestação na avenida. Por isso, a princípio, a preferência seria do grupo. Mas, com um evento já divulgado nas redes sociais, a CUT também definiu que o ato a favor de Lula também será na Paulista.
O impasse está colocado - e uma solução só deve ser alcançada na reunião desta quarta-feira, 17. O maior receio da polícia é a possibilidade de confronto entre os dois lados.
Procurado pela reportagem, o MBL preferiu não se manifestar - porque ainda estaria definindo pontos da organização interna da manifestação. Já o presidente da CUT estadual, Douglas Izzo, aposta na reunião para definir o local da manifestação. "Acredito que se houver um acordo os dois grupos podem se manifestar democraticamente na Paulista. Mas isso será definido apenas na reunião", disse.
Por e-mail, a assessoria da Polícia Militar adiantou que "o planejamento destas operações de policiamento está em andamento e conta com a colaboração de outros órgãos de forma conjunta, tais como: CET, SPTrans, GCM, Prefeituras Regionais, entre outros, de relevância na organização desses eventos, tais como sindicatos e outros grupos que pretendem manifestar-se no dia".
Além disso, o comunicado da PM afirma: "Será empregado um policiamento reforçado nos pontos considerados sensíveis como: Av. Paulista, Praça da Sé, Praça da República e saídas de estação do metrô e Terminais de Ônibus". A corporação também contará com um número maior de viaturas no patrulhamento em todas as suas modalidades de policiamento: viaturas de Radiopatrulha 190, Rondas com Motocicletas, Policiamento com Bicicletas, Policiamento a Pé, além do emprego dos Pelotões de Ações Especiais de Polícia (policiais com treinamento para distúrbios civis) e equipes de Força Tática.
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