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Israel

- Publicada em 03 de Janeiro de 2018 às 15:24

Africanos ilegais serão pagos para deixar o país

Grande parte dos imigrantes vem de países como a Eritreia, onde perseguições religiosas são comuns

Grande parte dos imigrantes vem de países como a Eritreia, onde perseguições religiosas são comuns


/MENAHEM KAHANA/AFP/JC
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem que o governo vai pagar para que imigrantes africanos ilegais deixem o país. A declaração foi dada durante a primeira reunião de gabinete em 2018, na qual o premiê explicou que a barreira finalizada em 2013 ao longo da fronteira de Israel com o Egito interrompeu um fluxo de imigrantes ilegais, depois de 60 mil terem entrado no país após cruzarem o deserto. A maioria desses imigrantes saiu da Eritreia e do Sudão, muitos em fuga da guerra e de perseguições religiosas. Israel os trata como "imigrantes econômicos".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem que o governo vai pagar para que imigrantes africanos ilegais deixem o país. A declaração foi dada durante a primeira reunião de gabinete em 2018, na qual o premiê explicou que a barreira finalizada em 2013 ao longo da fronteira de Israel com o Egito interrompeu um fluxo de imigrantes ilegais, depois de 60 mil terem entrado no país após cruzarem o deserto. A maioria desses imigrantes saiu da Eritreia e do Sudão, muitos em fuga da guerra e de perseguições religiosas. Israel os trata como "imigrantes econômicos".
O plano lançado por Netanyahu oferece aos africanos um pagamento de US$ 3,5 mil e uma passagem aérea, pagos pelo governo israelense, para que voltem para casa ou para irem a "outros países", que grupos de direitos humanos identificaram como Ruanda e Uganda. "Expulsamos cerca de 20 mil, e agora a missão é retirar o resto", disse o premiê.
Estima-se que há cerca de 38 mil imigrantes vivendo ilegalmente no país, além de 1,4 mil que são mantidos em dois centros de detenção. A previsão é que, depois de março, quem não aderir voluntariamente ao plano do governo enfrentará medidas mais duras e com pagamentos significativamente menores. Apesar de muitos imigrantes viverem há anos em Israel, o país concedeu asilo a menos de 1% daqueles que o solicitaram, além de registrar anos de defasagem no processamento de pedidos.
Além do programa para retirada de imigrantes ilegais do país, Netanyahu viu passar em primeira prova no Parlamento o projeto de lei para implantar a pena de morte para terroristas. O projeto, que tem apoio do premiê, foi apresentado pelo partido do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e passou por curta margem (52 votos a favor e 49 contra).
 

Com mais uma morte de palestino, tensão aumenta na região

A tensão em relação ao futuro de Jerusalém aumentou nestes primeiros dias de 2018. Ontem, foi registrada a 14ª morte de um palestino em confronto com soldados de Israel em menos de um mês.
Os conflitos têm se intensificados após a série de ações de Israel e Estados Unidos em relação a Jerusalém e ao povo palestino. Os atos mais representativos partiram de Israel, cujo Parlamento aprovou projeto de lei que fortalece a posição do país de não dividir a soberania sobre Jerusalém com os palestinos.
De acordo com o projeto, aprovado por 64 votos contra 52, qualquer cessão de uma parte de Jerusalém aos palestinos agora precisa ser aprovada por dois terços do Parlamento israelense. Assim, elevou de 61 para 80 o número de votos necessários para que a Câmara de 120 membros aprove qualquer proposta para entregar uma área da cidade para "uma parte estrangeira".
A decisão foi tomada menos de um mês após o presidente dos EUA, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel. O Estado judeu ocupa a parte oriental de Jerusalém desde a guerra de 1967. Israel considera que sua capital "eterna e indivisível" é a totalidade de Jerusalém, enquanto os palestinos almejam que a parte oriental seja a capital de seu Estado.