Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 18 de Janeiro de 2018 às 23:04

Brigada Militar tenta conter roubo de veículos em Porto Alegre

Cerca de 170 policiais da Tropa de Choque devem reforçar policiamento

Cerca de 170 policiais da Tropa de Choque devem reforçar policiamento


MARCO QUINTANA/JC
Igor Natusch
Porto Alegre puxa para cima um indicador preocupante da segurança pública do Rio Grande do Sul. Dados revelados no começo da semana demonstram que, em 2017, quase metade das ocorrências de roubo de automóveis foram registradas na Capital. Foram 8.430 casos envolvendo uso de violência física ou psicológica, em comparação aos 17.886 registrados na totalidade do território gaúcho. Em média, trata-se de mais de um carro roubado ou furtado a cada hora na Capital.
Porto Alegre puxa para cima um indicador preocupante da segurança pública do Rio Grande do Sul. Dados revelados no começo da semana demonstram que, em 2017, quase metade das ocorrências de roubo de automóveis foram registradas na Capital. Foram 8.430 casos envolvendo uso de violência física ou psicológica, em comparação aos 17.886 registrados na totalidade do território gaúcho. Em média, trata-se de mais de um carro roubado ou furtado a cada hora na Capital.
Diante dos números, a Brigada Militar (BM) disparou, a partir desta quinta-feira, uma ofensiva para buscar a diminuição desse tipo de ocorrência. A operação pretende empreender ações de abordagem e visibilidade, com foco nas áreas com maior número de registros na Capital no ano passado. Um dos objetivos é aumentar a sensação de segurança dos porto-alegrenses, priorizando horários de chegada dos moradores em suas residências. Indiretamente, espera-se também atingir uma redução nos índices de latrocínio, já que boa parte dos roubos seguidos de morte envolvem motoristas e tripulantes.
Aproximadamente 170 policiais devem reforçar o policiamento, oriundos da tropa de choque da Capital. Um agrupamento do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, deslocado para reforçar o policiamento durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também deve atuar nos primeiros dias da operação.
A preocupação com os ataques a veículos é indicada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) pelo menos desde o primeiro semestre do ano passado. Em entrevista ao Jornal do Comércio em maio de 2017, o secretário Cezar Schirmer já falava na formação de uma força-tarefa para combater as ocorrências, mencionando que Porto Alegre tem o maior índice de roubo de automóveis do País. A questão voltou a ser frisada durante a apresentação de dados de criminalidade referentes ao ano de 2017, no começo da semana.
De acordo com o coronel Jefferson de Barros Jacques, responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), o cruzamento de dados entre BM e Polícia Civil serviu para orientar as ações da operação, em especial quanto às regiões onde há maior incidência de carros roubados. Entre as áreas que serão priorizadas na Capital estão os bairros Rubem Berta, Itu Sabará e Vila Jardim, na Zona Norte, além da região da Grande Cruzeiro e áreas mais ao Sul, como Cavalhada e Assunção. A Região Central também receberá atenção especial, com foco nos bairros Floresta, Rio Branco e Santa Cecília, além de reforço no policiamento nas ruas e avenidas do Menino Deus e da Azenha.
"Em 2017, conseguimos conter e estabilizar (o número de ocorrências). Tínhamos um indicador de progressão geométrica, e no ano passado tivemos um crescimento muito pequeno (1,4% no Estado e 3,7 na Capital). Vamos buscar em 2018 a redução, como reduzimos outros indicadores de violência em Porto Alegre", assegura. Segundo Jacques, o percentual de recuperação de veículos ficou em torno dos 57%, somando mais de 5,2 mil veículos no Estado. Na primeira quinzena de janeiro, a quantidade de ocorrências onde os carros são reencontrados está em torno dos 52%, índice considerado positivo dentro da amostragem dos últimos meses.
Um dos elementos que dificulta a melhora desses números, segundo Jacques, é o uso de dispositivos móveis para driblar barreiras policiais. "O uso dos aplicativos nos prejudica, pois avisa onde estão as barreiras policiais, e os bandidos se servem disso para desviar", afirma. Na tentativa de contornar essa situação, o serviço de inteligência das polícias aposta no uso dos chamados diâmetros parametrizados, que indicam as rotas mais comumente seguidas por criminosos em fuga. "Sabendo, por exemplo, que os criminosos que roubam veículos em uma determinada área do Centro levam os carros para a Zona Norte, isso nos permite estabelecer rotas de controle, barreiras de fiscalização e contenção", enumera.
Em 2017, Porto Alegre verificou um total de 11.529 crimes envolvendo veículos, sendo 3.099 deles referentes a furto, quando o veículo é levado sem a presença do condutor. No Interior, é mais frequente o furto, com 87.120 ocorrências registradas no ano passado. Tanto na realidade do Estado quanto na da Capital, os casos em que criminosos usaram de violência para levar o carro aumentaram, enquanto as situações de furto apresentaram queda.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO