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Geral

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 22:28

Avanços discretos na saúde marcam o início da gestão Marchezan em Porto Alegre

HPS é uma das principais unidades de atendimentos e passou por reforma nos últimos anos

HPS é uma das principais unidades de atendimentos e passou por reforma nos últimos anos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Suzy Scarton
Desde o primeiro dia de gestão, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que completa um ano na prefeitura de Porto Alegre, afirma que encontrou uma cidade endividada e cheia de problemas. Sempre destacando os erros de quem lhe precedeu - o ex-prefeito José Fortunati -, ele se tornou o primeiro gestor da Capital a parcelar salários do funcionalismo - criando, automaticamente, um clima de guerra com os municipários.
Desde o primeiro dia de gestão, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que completa um ano na prefeitura de Porto Alegre, afirma que encontrou uma cidade endividada e cheia de problemas. Sempre destacando os erros de quem lhe precedeu - o ex-prefeito José Fortunati -, ele se tornou o primeiro gestor da Capital a parcelar salários do funcionalismo - criando, automaticamente, um clima de guerra com os municipários.
Além da questão financeira, o prefeito tinha, assim que assumiu, uma série de desafios a resolver, elencados em reportagem do Jornal do Comércio publicada em 3 de novembro do ano passado. Nem todos foram solucionados. Até sexta-feira, o JC trará um balanço do que foi e do que não foi feito na Capital neste primeiro ano de mandato de Marchezan. A primeira área a ser abordada é a saúde.
Uma das principais propostas de Marchezan, durante o período eleitoral, dizia respeito à ampliação de horários de funcionamento de, pelo menos, oito unidades distritais em oito regiões. No entanto, somente dois postos de saúde funcionam, hoje, até as 22h: o Centro de Saúde Modelo, na avenida Jerônimo de Ornelas, no bairro Santana, e a Unidade Básica de Saúde São Carlos, na avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon.
Ainda não há previsão para que o horário seja estendido a outras unidades - a prefeitura da Capital apenas garante que o horário estendido será aplicado a todos os oito postos de saúde prometidos até o final da gestão. Para que isso ocorra, são necessários o "equilíbrio financeiro do município e dos recursos humanos".
De acordo com a prefeitura, o horário estendido dos dois postos permitiu a realização de 18 mil consultas médicas e 2,5 mil consultas odontológicas. Além disso, verifica-se uma resolutividade de 87,7%, ou seja, apenas 12,3% dos pacientes que consultam com o médico precisam de encaminhamento para especialista.
Além disso, no primeiro ano de governo, a cidade perdeu, definitivamente, os leitos do Hospital Parque Belém, em meados de maio. Os funcionários foram demitidos, e os poucos pacientes que ainda estavam lá acabaram sendo realocados para outras instituições. A prefeitura também anunciou, em novembro, a rescisão do contrato com o Hospital Beneficência Portuguesa, criado em 1859. O hospital ainda não encerrou as atividades, mas sofre com a falta de verba.
O Hospital Restinga, inaugurado em 2014, ainda não funciona a pleno: a maternidade, a UTI e o bloco cirúrgico não foram abertos na gestão do ex-prefeito José Fortunati e seguem sem previsão de abertura. Em contrapartida, o atual prefeito anunciou a construção de um novo hospital, o Santa Ana, com 210 leitos. A expectativa é de que o hospital atinja pleno funcionamento no inverno de 2018.
A prefeitura da Capital esclarece que, em 2017, foram abertos 84 leitos a partir da otimização dos recursos. Houve também uma melhor utilização dos leitos hospitalares, seguindo padrões internacionais de internação. Com a abertura do Santa Ana, quase 300 leitos terão sido disponibilizados em dois anos. "Com isso, Porto Alegre será a Capital do País com o maior número de leitos nos últimos sete anos. Além disso, a saúde terá R$ 100 milhões a mais no orçamento", afirma o Executivo, por meio de nota.
Outra promessa de Marchezan foi o reforço do Telessaúde na Capital. Mesmo que o convênio entre o TelessaúdeRS-Ufrgs e o Ministério da Saúde tenha perdido a validade em junho de 2017, a prefeitura acenou no sentido contrário: a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passou a contar com uma Coordenadoria de Telemedicina. As equipes de saúde também contam com o DermatoNet e com o
Teleoftalmo-Olhar Gaúcho, que servem para esclarecimento de dúvidas com especialistas dessa área e redução da fila de espera por consultas. Com o DermatoNet, a SMS zerou a fila por consultas dermatológicas - de 5.830, em janeiro de 2017, para zero em novembro. No entanto, se forem consideradas todas as especialidades, quase 90 mil pessoas ainda aguardam por um atendimento especializado na cidade. O JC questionou o que será feito em 2018 para resolver a questão, mas não obteve resposta.
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