Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 23 de Janeiro de 2018 às 17:26

Taxas longas de juros fecham em alta na véspera do julgamento do recurso de Lula

Agência Estado
Os juros futuros de longo prazo ampliaram a alta e renovaram máximas na última hora da sessão regular desta terça-feira, 23, refletindo o aumento da cautela com o julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), evento crucial para a condução das expectativas do mercado para a corrida presidencial. Além disso, outros fatores que contribuíram para a inclinação da curva foram o avanço do dólar e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de janeiro abaixo da mediana das estimativas, que, por sua vez, deu um pequeno alívio aos contratos mais curtos.
Os juros futuros de longo prazo ampliaram a alta e renovaram máximas na última hora da sessão regular desta terça-feira, 23, refletindo o aumento da cautela com o julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), evento crucial para a condução das expectativas do mercado para a corrida presidencial. Além disso, outros fatores que contribuíram para a inclinação da curva foram o avanço do dólar e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de janeiro abaixo da mediana das estimativas, que, por sua vez, deu um pequeno alívio aos contratos mais curtos.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,900%, de 6,920% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 8,09% para 8,11%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,99%, de 8,93%. A taxa do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,72% para 9,78%.
O mercado chega nesta véspera do julgamento confiante na confirmação do resultado da primeira instância e num placar de 3 a 0 pela condenação de Lula, mas também montando operações contra um desfecho diferente, que possa manter espaço para sua candidatura à Presidência, como por exemplo um placar de 2 a 1 e até mesmo um cenário em que seja inocentado não pode ser completamente descartado. "É cautela frente ao evento de amanhã, que é definidor do cenário do ano", resumiu o economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall.
Na primeira instância, o juiz Sérgio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
Pouco antes do fechamento deste texto, os demais ativos domésticos mostravam piora, também em função o julgamento de Lula na quarta. O dólar renovou máximas ante o real, com a ajuda ainda da aceleração da moeda ante outras divisas de países emergentes. Às 16h35, o dólar à vista subia 0,96%, aos R$ 3,2398, após bater a máxima de R$ 3,2443.
Em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a afirmar nesta tarde que a candidatura de Lula daria aos eleitores a oportunidade de julgar, sem entrar no mérito da questão judicial. Afirmou ainda que tem sido muito abordado para ser candidato e que descarta a possibilidade de ser vice.
Na agenda, o IPCA-15 trouxe um viés de queda para a ponta curta da curva, ao ficar abaixo da mediana projetada e, assim, confirmar a ideia de ao menos mais um corte da Selic na reunião do Copom em fevereiro. O IPCA-15 de janeiro ficou em 0,39%, de 0,35% em dezembro, abaixo da mediana das estimativas (0,42%).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO