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Publicada em 17 de Janeiro de 2018 às 23:38

Experiências de lojas dos EUA inspiram gaúchos

Victoria's Secret: sensualidade em produtos de preços populares

Victoria's Secret: sensualidade em produtos de preços populares

ARQUIVO PESSOAL/PATRÍCIA COMUNELLO/JC
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Patrícia Comunello
Minutos antes de começar na manhã de ontem a maratona de visitas de dois dias a varejos em Nova Iorque e sob uma nevasca, o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), José Roberto Resende, deu a dica: "Não comprem!". Pode parecer contraditório, já que o alvo do alerta são donos de empresas do Rio Grande do Sul justamente de comércio e serviços, mas não é.
Minutos antes de começar na manhã de ontem a maratona de visitas de dois dias a varejos em Nova Iorque e sob uma nevasca, o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), José Roberto Resende, deu a dica: "Não comprem!". Pode parecer contraditório, já que o alvo do alerta são donos de empresas do Rio Grande do Sul justamente de comércio e serviços, mas não é.
> Vídeo mostra como são os pontos visitados:
A comitiva que percorreu estabelecimentos considerados referências em como se relacionar com clientes não pode perder a atenção. Em cada visita - e serão pelo menos 16 em dois dias, o foco é captar lições de atendimento, política com pessoal, estratégia de como conectar venda on-line e off-line, fluxo de venda e formatação de ambiente da loja.
No primeiro dia, foram seis pontos. Entre eles, B&H Photo, Amazon Books, Warby Parker, Whole Foods, Uniqlo, Coach e Victoria's Secret. Resende orienta que ao fazer este tipo de jornada para conhecer experiências de outros varejos vale olhar tudo, a começar pela vitrine, que é um desafio para fisgar o consumidor. "Só tem uma chance para causar boa intenção e é na entrada. Depois, o cliente vai entrar com gosto. O objetivo é a alma do cliente, o bolso é consequência", adverte o vice-presidente da CDL-POA.
Já Fabiano Zortéa, coordenador de projetos do Sebrae-RS e organizador do roteiro, reforça que a escolha dos locais segue a preocupação de levar às empresas o que há de mais exitoso no que é tendência e o que tem mostrado eficácia e se mantém com resultados, desde qualificação de empregado, pontualidade e avaliação de cliente. "São critérios fundamentais para ter compra recorrente e a reputação que a B&H tem", pontua Zortéa.
O pool de entidades que trouxe os empresários é formado por Sebrae-RS, Sindilojas Porto Alegre e CDL-POA e teve como primeira etapa a participação na NRF 2018, maior feira de varejo do mundo.
A dona da Meia & Cia, do ramo de moda íntima com lojas em Canoas e Gravataí, Juliana Guterres, observa a importância de ver operações e marcas globais que parecem tão longe do negócio. "Como contar a história do produto, como no caso da Whole Foods, e trazer para a nossa realidade", cita Juliana. Ao visitar a loja conceito da Victoria's Secret, a empresária mergulhou no que é a proposta. "É todo um objeto de desejo, com todas as linhas sensuais que criam um ambiente para envolver o cliente, não é só vender", assinala a lojista.
"Tive alguns insights na Amazon Books, na forma como eles fazem a comunicação no ponto de venda como um todo, que destaca itens mais vendidos", cita Juliane Oliveira, que é sócia da ferragem Thony e da boutique de carnes Butcher 231, em Porto Alegre. "A ideia de trabalhar com produtos mais vendidos e até buscar referências de pessoas que mais compram podem ajudar a montar a cesta de itens para levar aos clientes", avalia a sócia da Thony. "Foi fantástico ver o jeito como a Amazon dispõe os produtos e informa o cliente no ponto de venda."

Na vitrine

PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Amazon Books
Soluções que integram venda de e-commerce com a loja física. No ponto de venda, livros são colocados com a capa para frente, como no site. Livros lidos por clientes conhecidos são colocados como referência para sugerir a consumidores na prateleira. Programa de Cliente Premium com taxa anual de US$ 99,00 é assinado por mais de 50% dos domicílios dos EUA com vantagens como não pagar taxa de entrega.
B&H Photo
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Referência em equipamentos para fotografia, vídeo e outros itens eletrônicos. Não paga comissão a funcionários para motivar vendas. Usa três indicadores: conhecimento sobre o produto, satisfação do cliente e pontualidade na chegada ao trabalho. Profissionais são muito qualificados e têm treinamento sobre os produtos. Fluxo de itens dentro da loja tem controle e integração de todos os setores. Cadastro de cliente auxilia em problemas.
Uniqlo
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Rede japonesa, terceira maior do mundo em moda. Os caixas são as pessoas mais simpáticas, têm preocupação em não deixar a fila crescer. Ao pagar, o caixa devolve o cartão de crédito com as duas mãos, seguindo o cumprimento japonês. A exposição de preços ds roupas é muita clara e tem descrição do tipo de produto, que ajuda na decisão. Os ambientes não têm muita sofisticação, com destaque para muito painel e vídeo que gera ambiente atrativo. Uma das marcas ainda é o auto-atendimento. 
Victoria’s Secret
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Visita foi à loja conceito, que ressalta sensualidade, visão da mulher  como sexy, sofisticada e dominadora. Os itens que estão no terceiro andar da loja na 5a avenida são sonhos de consumo. O portfólio chega à maioria das mulheres, pois tem preço popular. Foco em venda massificada, mas aposta em envolvimento nos itens. Atendimento personalizado. também tira medidas de clientes para ajustar ao tamanho das peças, como sutiãs.
Warby Parker
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É uma ótica e nasceu com a proposta de vender óculos com design próprio e qualidade com preço mais acessível - 50% abaixo de marcas tradicionais. Trabalha com itens de fornecedores que permite reduzir o preço final. Tem projeto com famílias carentes para fornecer óculos, mas que envolve aprendizado profissional. Já distribuiu 3 milhões de unidades em três anos de projeto. Lojas têm ambiente diferenciado por região. Usa tecnologia de realidade virtual para programar modelo.
Whole Foods
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Prioriza itens saudáveis e produtos fornecidos por produtores locais. Na exposição das lojas, são instaladas muitas indicações dos valores nutricionais de alimentos. Não vendem coca-cola e outros 100 produtos que contêm produtos nocivos à saúde. Preocupação com abate de animais. Funcionário tem 10% de desconto no que comprar na loja, e quem segue cuidados com nutricionais ou mantém indicadores de saúde tem mais bônus. Tem sistema de "come-fila"no caixa, que faz chamadas eletrônicas de cliente e reduz tempo de espera. Foco no propósito que é cuidado com o que vende e saúde das pessoas.
Fontes: José Roberto Resende (CDL-POA) e Fabiano Zortéa (Sebrae-RS)

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