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Economia

- Publicada em 16 de Janeiro de 2018 às 22:38

Cotrijui evita ocupação da sede por produtores

Funcionários da cooperativa do Noroeste do Estado convivem com a incerteza de receber os salários

Funcionários da cooperativa do Noroeste do Estado convivem com a incerteza de receber os salários


/COTRIJUI/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Cercada de problemas que não consegue resolver desde 2013 pelo menos, e depois de ser alvo de ameaças de ocupação por parte de produtores insatisfeitos com a atual gestão, a Cotrijui agora também está na mira do Sindicato dos Comerciários (SindiComerciários). Com liminar obtida na Justiça, a diretoria conseguiu adiar - ou evitar momentaneamente - a ocupação de sua sede, ontem, por um grupo de produtores denominado Recuperação da Cotrijui, mas os agricultores insatisfeitos com a atual gestão ganharam reforço na cidade e também de fora, de produtores da região de Dom Pedrito, que prometem ampliar os manifestantes na próxima semana.
Cercada de problemas que não consegue resolver desde 2013 pelo menos, e depois de ser alvo de ameaças de ocupação por parte de produtores insatisfeitos com a atual gestão, a Cotrijui agora também está na mira do Sindicato dos Comerciários (SindiComerciários). Com liminar obtida na Justiça, a diretoria conseguiu adiar - ou evitar momentaneamente - a ocupação de sua sede, ontem, por um grupo de produtores denominado Recuperação da Cotrijui, mas os agricultores insatisfeitos com a atual gestão ganharam reforço na cidade e também de fora, de produtores da região de Dom Pedrito, que prometem ampliar os manifestantes na próxima semana.
Após reunião, na segunda-feira, com os produtores do grupo Recuperação da Cotrijui, que questionam a atual diretoria e reclamam de atrasos em pagamentos, os representantes dos trabalhadores no comércio divulgaram comunicado para chamar a atenção para os problemas enfrentados pelos funcionários da cooperativa de Ijuí, no Noroeste do Estado. "Existem vários aspectos referentes à recuperação da Cotrijui. A situação dos trabalhadores na empresa é mais um deles, tão ou mais importante que outros, já que, no dia a dia, são as pessoas que têm maior contato com os problemas e que atuam diretamente, contribuindo no saneamento da empresa", alerta Ari José Bauer, presidente do SindiComerciários.
A situação, segundo a entidade, é de atraso no pagamento do 13º salário e nos depósitos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com o comunicado, há meses, os trabalhadores convivem com a incerteza de receber os salários em dia e não têm como fazer programação financeira em suas famílias. E o problema se arrasta: em 2013, no início do período mais explícito da crise financeira, o SindiComerciários obteve na Justiça a obrigatoriedade de pagamento de salários em dia aos trabalhadores. A diretoria do sindicato, no entanto, alega que a empresa descumpre a decisão sistematicamente, assim como também não cumpre a decisão judicial que impede o parcelamento de rescisões contratuais. Em dezembro de 2017, o sindicato acionou novamente a Justiça, solicitando que se faça cumprir a sentença de 2013.
Assim como produtores que brigam para receber o dinheiro equivalente aos grãos depositados nos armazéns da cooperativa, os representantes dos comerciários afirmam não conseguir diálogo com a diretoria da Cotrijui para falar do caso. No documento divulgado pelo sindicato, a diretoria ressalta que, apesar de "constantes solicitações de reuniões, a direção da Cotrijui não nos atende, e o contato é delegado para assessores". Procurada, mais de uma vez, pelo Jornal do Comércio, desde a semana passada, para falar sobre a situação, o presidente da cooperativa, Eugênio Frizzo, também não quis atender à reportagem. Por e-mail, a diretoria faz acusações graves contra gestões anteriores, mas a denúncia nunca foi formalizada em entidades como a Fecoagro ou a Ocergs, por exemplo, que representam cooperativas.
Ao rebater queixas de produtores de que há algo errado no atual comando da Cotrijui, que teria ampliado as dívidas em vez de reduzi-las, a diretoria afirma, em e-mail, que o aumento de R$ 1 bilhão, quando entrou em liquidação, em 2014, para os atuais R$ 1,8 bilhão é fruto de constatação de que antes de 2013 ocorreram "inúmeras irregularidades e fraudes nos balanços, tanto nas dívidas quanto na avaliação patrimonial e nos créditos a receber que haviam sido excluídos dos registros contábeis".
 
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