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Conjuntura

- Publicada em 10 de Janeiro de 2018 às 18:41

Salário-mínimo fica com reajuste abaixo da inflação

O reajuste do salário-mínimo ficou abaixo da inflação de 2017, divulgada ontem pelo IBGE. O cálculo é feito com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que encerrou o ano acumulado em 2,07%, resultado bem menor que os 6,58% de 2016. O governo, no entanto, utilizou o percentual de 1,81% para calcular o reajuste, que entrou em vigor em 1 de janeiro.
O reajuste do salário-mínimo ficou abaixo da inflação de 2017, divulgada ontem pelo IBGE. O cálculo é feito com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que encerrou o ano acumulado em 2,07%, resultado bem menor que os 6,58% de 2016. O governo, no entanto, utilizou o percentual de 1,81% para calcular o reajuste, que entrou em vigor em 1 de janeiro.
Caso fosse corrigido pela inflação observada, o salário-mínimo teria subido de R$ 937,00 para R$ 956,00, em vez dos R$ 954,00 válidos atualmente. Com a diferença, o governo prevê economizar R$ 3,4 bilhões.
Essa é a menor correção aplicada ao salário-mínimo desde 1995, primeiro ano após a criação do real. Por lei, esse valor é corrigido levando em conta a inflação no ano anterior e o PIB de dois anos anteriores.
No caso de 2018, o PIB não é levado em conta, pois em 2016 a economia ficou no negativo, com uma retração de 3,5%. A legislação expira em 2019.
Além de definir o piso do mercado formal, o salário-mínimo também é referência para benefícios, como aposentadorias e seguro-desemprego. Para os beneficiários do INSS que recebem acima do piso, o reajuste foi de 1,88% (não houve desconto).
Os 2,07% anunciados pelo IBGE são a menor taxa do INPC desde a implantação do Plano Real em 1994. O INPC é usado para reajustar aposentadorias de quem ganha acima do salário-mínimo. Em dezembro, a variação do INPC foi de 0,26%, ficando 0,08 ponto percentual acima do 0,18% de novembro.
Ao fechar 2017 em 2,07%, o INPC, que mede a variação das famílias com renda entre um e cinco salários, termina o ano com variação acumulada de 0,88 ponto percentual, abaixo da alta anual do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou o ano passado em 2,95%.
Os alimentos tiveram variação de -2,70%, influenciando a retração da taxa relativa ao INPC, enquanto os não alimentícios subiram 4,25%. Em 2016, os alimentos apresentaram alta de 9,15% e os não alimentícios, de 5,44%.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Curitiba (3,24%), tendo em vista a alta de 20,93% na energia elétrica e de 20,40% nos ônibus urbanos. Já o índice mais baixo foi o de Belém (0,74%). Em Porto Alegre, o INPC fechou 2017 com alta de 2,0%.
O INPC tem a mesma metodologia do IPCA, é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere a famílias com rendimento monetário de um a cinco salários-mínimos e abrange 10 regiões metropolitanas do País, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
 

Inflação da 3ª idade encerra ano com elevação de 3,80%

A inflação sentida pela população idosa acelerou de uma alta de 0,68% no terceiro trimestre para um avanço de 1,18% no quarto trimestre do ano passado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ontem. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou alta de 3,80% no ano de 2017.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,23% acumulada em 2017 pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários-mínimos.
Na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre, três das oito classes de despesas tiveram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição partiu do grupo alimentação, que passou de uma queda de 2,19% para um aumento de 0,45%, sob influência de itens como hortaliças e legumes, que saiu de um recuo de 16,26% para um avanço de 7,60%.
Os demais aumentos ocorreram em saúde e cuidados pessoais (de 1,21% para 1,47%) e habitação (de 1,08% para 1,21%), com impacto dos itens medicamentos em geral (de -0,23% para 0,12%) e gás de botijão (de 2,11% para 6,44%), respectivamente.
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos transportes (de 3,14% para 2,51%), vestuário (de 0,62% para -0,07%), educação, leitura e recreação (de 1,42% para 1,11%), comunicação (de 0,40% para 0,20%) e despesas diversas (de 0,74% para 0,65%). Os destaques foram os itens gasolina (de 11,98% para 5,28%), roupas (de 0,82% para 0,15%), passagem aérea (de 16,62% para -0,63%), tarifa de telefone residencial (de -0,25% para -2,75%) e alimentos para animais domésticos (de 1,68% para 0,49%).