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Economia

- Publicada em 08 de Janeiro de 2018 às 22:38

Rio Grande do Sul cadastra 114 projetos de energia em leilão

Atraso da Eletrosul em conduzir obras e repasse dos empreendimentos a Shangai Eletric afetam calendário

Atraso da Eletrosul em conduzir obras e repasse dos empreendimentos a Shangai Eletric afetam calendário


PATRIK STOLLARZ/PATRIK STOLLARZ/AFP/JC
Jefferson Klein
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) concluiu o cadastramento de empreendimentos para participação no leilão de energia A-4 (quatro anos para a entrega da geração) previsto para ser realizado pelo governo federal no dia 4 de abril. Foram cadastradas 114 iniciativas gaúchas que somam 2.932 MW de capacidade instalada (o que representa cerca de 70% da demanda média de eletricidade do Estado). São 102 projetos eólicos (2.789 MW), 10 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs (103 MW), uma hidrelétrica (35 MW) e uma Central Geradora Hidráulica - CGH (5 MW).
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) concluiu o cadastramento de empreendimentos para participação no leilão de energia A-4 (quatro anos para a entrega da geração) previsto para ser realizado pelo governo federal no dia 4 de abril. Foram cadastradas 114 iniciativas gaúchas que somam 2.932 MW de capacidade instalada (o que representa cerca de 70% da demanda média de eletricidade do Estado). São 102 projetos eólicos (2.789 MW), 10 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs (103 MW), uma hidrelétrica (35 MW) e uma Central Geradora Hidráulica - CGH (5 MW).
O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Edilson Deitos, considera o volume da capacidade instalada e o número de complexos a serem construídos no Rio Grande do Sul como satisfatórios. No entanto, o dirigente adverte que praticamente todos os empreendimentos eólicos poderão ficar alijados da disputa no momento da habilitação técnica (uma segunda fase do processo de inscrição que ocorre mais próxima à realização do certame) por limitações do sistema de transmissão de energia no Estado.
A dificuldade originou-se devido ao atraso da Eletrosul em conduzir obras que arrematou em 2014. As estruturas abrangem em torno de 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão, sendo oito linhas de 525 kV e nove linhas de 230 kV, além de oito subestações (três em 525 kV e cinco em 230 kV) e a ampliação de 13 subestações existentes. As ações serão desenvolvidas em municípios como Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Santana do Livramento, Osório, Candiota entre outros e o investimento previsto é da ordem de R$ 3,9 bilhões. O controle dessas iniciativas foi repassado para a Shanghai Electric e para o fundo chinês Clai Fund e a Eletrosul ficou com uma participação minoritária. Porém, o leilão A-4 determina a entrega da energia em janeiro de 2022 e as obras de transmissão somente ficarão prontas em abril deste mesmo ano. Ou seja, os cronogramas estão descasados.
Tentando evitar que os complexos eólicos fiquem fora do leilão, uma missão de políticos e empresários gaúchos irá hoje a Brasília discutir o tema com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa. Assim como o próprio Deitos, o secretário estadual de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, participará do grupo que poderá contar ainda com o vice-governador José Paulo Cairoli. A meta é convencer o governo federal a postergar o leilão ou a data de entrega da energia. O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs sustenta que o Rio Grande do Sul não pode ser penalizado por uma falha da Eletrosul que não cumpriu os prazos acertados para a entrega das obras de transmissão. Deitos acrescenta que a melhor alternativa para investimentos no Estado nos próximos anos concentra-se na área de energia.
Mesmo que consigam participar do leilão, os projetos eólicos gaúchos ainda terão que superar a forte concorrência dos estados nordestinos para saírem vencedores. Bahia e Rio Grande do Norte, por exemplo, cadastraram respectivamente 297 (8.240 MW) e 224 (6.166 MW) empreendimentos. Saem vencedoras do certame as iniciativas que apresentarem as melhores condições competitivas. Sobre as possibilidades das usinas hídricas gaúchas, Deitos destaca que a limitação do sistema de transmissão não deverá representar problemas nesse caso, pois se trata de um volume menor de energia e o investidor já deve ter verificado se a região onde irá ser instalado o complexo apresenta ou não dificuldades.
No total do País, foram inscritos 1.672 projetos, totalizando 48.713 MW de capacidade instalada. A fonte eólica foi a com maior oferta cadastrada, tanto em número de projetos, com 931, como em potência total, com mais de 26 mil MW. Os empreendimentos fotovoltaicos também se destacaram, com 620 projetos cadastrados, superando 20 mil MW de capacidade instalada.
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