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Cultura

- Publicada em 10 de Janeiro de 2018 às 14:29

Bibi Ferreira recebe musical em sua homenagem

Aos 95 anos, atriz, cantora e diretora continua com diversos projetos

Aos 95 anos, atriz, cantora e diretora continua com diversos projetos


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bibi Ferreira nasceu num tempo em que ser ator não era status aceitável ou sequer profissão. Mas filha de quem foi - da bailarina Aída Izquierdo e do ator Procópio Ferreira, um dos responsáveis pela profissionalização do ofício no Brasil -, ela muito contribuiu para transformar os representantes da atuação em divindades vivas da cena. E Bibi se tornou uma delas, ou melhor: a maior delas. Hoje, aos 95 anos, é um mito em atividade, com plena consciência do que fez e do que quer fazer. E já vê diante de si um 2018 repleto de novidades.
Bibi Ferreira nasceu num tempo em que ser ator não era status aceitável ou sequer profissão. Mas filha de quem foi - da bailarina Aída Izquierdo e do ator Procópio Ferreira, um dos responsáveis pela profissionalização do ofício no Brasil -, ela muito contribuiu para transformar os representantes da atuação em divindades vivas da cena. E Bibi se tornou uma delas, ou melhor: a maior delas. Hoje, aos 95 anos, é um mito em atividade, com plena consciência do que fez e do que quer fazer. E já vê diante de si um 2018 repleto de novidades.
Entre elas, o fato de ter se transformado, pela primeira vez, em personagem teatral. Na semana passada, estreou no Oi Casa Grande, na capital carioca, um musical criado em sua homenagem - Bibi, uma vida em musical. "Me sinto muito, muito lisonjeada. Fico feliz em ver que as pessoas realmente acompanharam a minha história, e que a minha carreira se destaca a ponto de ser contada."
Escrito pelo jornalista e escritor Artur Xexéo e por Luanna Guimarães, o espetáculo é guiado por três narradores e uma série de personagens, que reconstroem histórias pessoais e profissionais de Bibi (Amanda Acosta), em cenas embaladas por clássicos da sua carreira, como Gota d'água e La vie en rose, além de canções originais criadas por Thereza Tinoco, idealizadora do projeto ao lado da produtora Cláudia Negri.
Com direção de Tadeu Aguiar, o musical busca revelar o "como" e o "porquê" de Bibi ter se tornado quem é, uma atriz-cantora exclusivamente dedicada à cena e à plateia, o fenômeno ao vivo que a torna a primeira grande dama dos palcos brasileiros.
"A Bibi é a história viva do teatro no Brasil", destaca Aguiar. "É uma mulher que se preparou e ainda se prepara todos os dias. Pode discutir sobre todos os elementos que envolvem uma produção. Domina o universo teatral inteiro, tudo que existe dentro do seu corpo e tudo o que há no entorno. E é essa mistura entre trajetória pessoal, história teatral e o hoje que mostramos", avisa ele.
A narrativa, dividida em dois atos, começa antes do nascimento da atriz, quando o espectador é apresentado à história da família - pais, tios e avós, todos ligados ao circo e ao teatro. Depois, aos 3 anos, passa a animar os entreatos das peças da Cia. Velasco, da qual sua mãe participa após se separar de Procópio.
A estreia profissional, no entanto, ocorre junto ao pai, em 1941, quando protagoniza La Locandiera, de Carlo Goldoni. Sempre precoce, no ano seguinte monta a sua própria companhia, que absorve lendas como as atrizes Cacilda Becker e Maria Della Costa, além da diretora Henriette Morineau. Bibi também se torna uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil.
E ela não para. Em fevereiro, Bibi apresentará o show Por toda minha vida, no Municipal do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo para cinemas de todo o País. Além disso, prepara uma série de projetos: um programa de rádio, chamado Palavra de Bibi, além de novo CD, DVD, fotobiografia e um novo site.
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