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2° Caderno

- Publicada em 16 de Janeiro de 2018 às 13:10

Pele 3D substitui animais em testes de cosméticos

Modelos de pele humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado feita no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The 2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de animais.
Modelos de pele humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado feita no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The 2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de animais.
A base do trabalho foi o desenvolvimento de um modelo de pele humana reconstruída in vitro para testar toxicidade, feito na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, com orientação da professora Silvya Stuchi. No Brasil, um projeto de lei esta tramitando no Senado Federal para proibição do uso de animais para testes de produtos cosméticos e de higiene pessoal. De acordo com a pesquisadora, os testes com animais apresentam inconveniências.
"Os animais são fisiologicamente diferente dos seres humanos, como por exemplo, a composição e estrutura das camadas da pele e concentração de folículos capilares", aponta.
Os modelos de pele disponíveis para testes são fisiologicamente semelhantes a pele humana e foram validados para parâmetros específicos tais como irritação e corrosão, observa Carolina. "No entanto, a maioria dos modelos contém no máximo um ou dois tipos de células dentre os mais de 15 tipos presentes na pele humana e não apresentam vasculatura e apêndices".
A pesquisadora trabalhou com células humanas extraídas a partir de amostras de pele provenientes de cirurgias plásticas ou postectomia (cirurgia para remoção do prepúcio). Após isolar as células, elas são expandidas in vitro, de modo a gerar quantidade suficiente de células para reconstruir a pele", explica.
Para a impressão da pele o primeiro passo é preparar as diferentes bio-inks (tintas biológicas). "Essas tintas são compostas por uma mistura de proteínas presentes na pele humana, tais como o colágeno tipo I, e as células de pele previamente isoladas, como fibroblastos, queratinócitos e melanócitos". Os cartuchos de bio-ink são estão colocados na impressora e o processo de impressão é iniciado e controlado por um software.
"Depois de impressas, as amostras de pele são mantidas numa incubadora de 12 a 21 dias para a diferenciação das camadas da pele", descreve Carolina.
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