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Política

- Publicada em 25 de Dezembro de 2017 às 18:57

Temer tenta se aproximar do STF via Toffoli

Depois do desgaste no relacionamento com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente Michel Temer (PMDB) começou a se aproximar do ministro Dias Toffoli, que assumirá a corte em setembro de 2018. A nove meses do fim da gestão de Cármen à frente do STF, cresce no governo a expectativa sobre a administração de Toffoli. O ministro acumula experiência nos Três Poderes, o que pode, na visão do Planalto, ajudar a diminuir atritos em um ano eleitoral.
Depois do desgaste no relacionamento com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o presidente Michel Temer (PMDB) começou a se aproximar do ministro Dias Toffoli, que assumirá a corte em setembro de 2018. A nove meses do fim da gestão de Cármen à frente do STF, cresce no governo a expectativa sobre a administração de Toffoli. O ministro acumula experiência nos Três Poderes, o que pode, na visão do Planalto, ajudar a diminuir atritos em um ano eleitoral.
Antes de vestir a toga, Toffoli foi advogado do PT e do ex-ministro José Dirceu (PT), além de assessor da liderança do partido na Câmara, quando Temer era presidente da casa. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atuou como subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da União. Há tempos, porém, se distanciou do PT e faz dobradinhas com Gilmar Mendes.
Sob a justificativa de estar preocupado com a harmonia entre o Executivo e o Judiciário, nos últimos dias, Temer perguntou a interlocutores se achavam que ele também deveria procurar outros ministros do STF e foi incentivado a seguir esse caminho. O presidente mantém amizade no tribunal com Gilmar Mendes e o ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes.
O mais recente diálogo com Toffoli ocorreu em 19 de novembro, no Palácio da Alvorada. Temer já havia manifestado, há tempos, a intenção de chamá-lo para um café, mas preferiu esperar a "poeira baixar" depois que a corte julgou processos delicados, como o pedido para afastar o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no caso JBS. A reunião foi vista no Supremo como uma tentativa de Temer de estreitar laços com o futuro presidente do STF, mas incomodou alguns magistrados, para quem o diálogo institucional deveria ser feito com Cármen. No Alvorada, o peemedebista chegou a discorrer sobre a recuperação dos indicadores econômicos e perspectivas para 2018. "Foi um bate-papo muito cordial. Perguntei, por exemplo, como foi o encontro dele com (o presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump", relatou o ministro, referindo-se ao jantar ocorrido em Nova Iorque entre Temer e Trump.
Temer começou a se afastar de Cármen em maio, depois que vieram à tona as delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos da J&F na Operação Lava Jato, quando o presidente foi citado. Aliados de Temer não têm dúvidas de que a magistrada fez articulações para ser indicada à presidência da República até 2018, em caso de eleição indireta no Congresso Nacional, se o peemedebista não resistisse às denúncias de corrupção.
Não é de hoje, porém, que o Planalto carimba atitudes de Cármen como "estratégia de marketing". Exemplos citados na são justamente as visitas que ela fez a presídios após rebeliões.
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