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Opinião

- Publicada em 26 de Dezembro de 2017 às 15:48

Embraer, um exemplo de privatização para o Brasil

A Empresa Brasileira de Aeronáutica, Embraer, voltou ao noticiário de maneira auspiciosa. Com o anunciado interesse da gigante Boeing, maior fabricante de aviões do mundo, em fazer parceria com a brasileira, as ações da Embraer dispararam. Não se trata de venda, mas de parceria.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica, Embraer, voltou ao noticiário de maneira auspiciosa. Com o anunciado interesse da gigante Boeing, maior fabricante de aviões do mundo, em fazer parceria com a brasileira, as ações da Embraer dispararam. Não se trata de venda, mas de parceria.
Acontece que no rastro de estar, cada vez mais, preenchendo o mercado de jatos comerciais médios, a nossa Embraer é um caso de sucesso mundial, só ficando atrás justamente da Boeing e da Airbus, europeia.
A turbulência econômico-financeira que assola o Brasil e que prejudicou também a Europa e, bem antes, os Estados Unidos com reflexos na Ásia, não desviou da rota a Empresa Brasileira de Aeronáutica. Mesmo com mau tempo, sob nevoeiro intenso ou com algumas intenções não transformadas em aquisições firmes, a fabricante de aviões está voando hoje em praticamente todo o mundo, em maior ou menor escala.
Então, não surpreende que a empresa, que nasceu pela mão de oficiais do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) há cerca de 41 anos, tenha anunciado a venda de dezenas de jatos regionais modelo E-175 - de 76 lugares - à SkyWest, dos Estados Unidos, numa transação que foi considerada pela fabricante brasileira como uma das mais importantes encomendas da história das duas companhias.
Os pedidos firmes foram avaliados, então, em US$ 1,7 bilhão, mas o acordo deu à compradora opções de aquisições adicionais, que poderiam levar a um contrato total de mais de US$ 4 bilhões.
A SkyWest, maior grupo aéreo regional do mundo, tem opção inicial que lhe permitiu comprar outros 60 jatos do mesmo modelo, elevando os pedidos firmes para 100 unidades e o acordo para até US$ 4,1 bilhões. Cada aparelho 175 tem preço de tabela de US$ 41,7 milhões. O acordo também inclui opções para a compra de outros 100 aviões E-175. Se a encomenda do total de 200 aviões se confirmar, o contrato chegará a cerca de US$ 8,3 bilhões. Para que a companhia dos EUA faça novas encomendas, terá de assinar outros acordos com empresas norte-americanas para as quais presta serviços.
A Embraer afirmou que a venda é adicional ao contrato assinado por ela com a United Airlines, que envolveu 30 pedidos firmes e 40 opções para o jato 175. Os jatos da SkyWest já foram entregues pela Embraer. A empresa norte-americana está operando os aviões sob um acordo de compra de capacidade com a United Airlines.
O novo pedido elevou para 117 o total de encomendas firmes do modelo E-175 recebidas pela Embraer somente em um ano. A fabricante brasileira vendeu 47 unidades do jato para a também americana Republic Airways. Em seguida, veio o anúncio de contrato firme com a United Airlines para a venda de 30 jatos 175, em um negócio avaliado em US$ 1 bilhão.
Com isso, a Embraer, como mais do que previsível, chamou atenção da Boeing, que fabrica grandes jatos, um segmento em que a brasileira não se aventura. Não até agora.
A parceria com a estadunidense poderia alavancar mais negócios, ainda que o controle da empresa continue nacional, o que seria de bom alvitre. O Bank of America Merrill Lynch aponta que o melhor para a indústria brasileira é que encomendas contínuas para o mercado dos EUA asseguram a liderança da Embraer sobre a rival canadense Bombardier.
Nascida estatal da União, a privatização da Embraer lhe deu a agilidade necessária para expandir suas asas no mundo, incluindo o progressista e comprador mercado chinês.
 
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