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Economia

- Publicada em 25 de Dezembro de 2017 às 16:30

Após dois anos de baixa, procura por crédito deve aumentar em 2018

Trabuco diz que número de propostas diárias reforça aumento da demanda

Trabuco diz que número de propostas diárias reforça aumento da demanda


Miguel SCHINCARIOL/AFP/JC
Depois de dois anos ladeira abaixo, o crédito no Brasil deve voltar a crescer em 2018. A expectativa ocorre em razão da queda no endividamento das famílias e, consequentemente, na trégua na inadimplência, o que contribui para aumentar o apetite dos bancos para emprestar. O cenário mais benigno da economia brasileira, com juros e inflação em patamares mais baixos, deve permitir, conforme executivos de bancos, que o crédito cresça entre 4,5% e 8% no próximo ano, isso tanto para pessoa física quanto para empresas. O movimento se dará a despeito de 2017 terminar sem solução do ponto de vista fiscal, com a votação da reforma da Previdência postergada para o próximo exercício, e da agenda das eleições.
Depois de dois anos ladeira abaixo, o crédito no Brasil deve voltar a crescer em 2018. A expectativa ocorre em razão da queda no endividamento das famílias e, consequentemente, na trégua na inadimplência, o que contribui para aumentar o apetite dos bancos para emprestar. O cenário mais benigno da economia brasileira, com juros e inflação em patamares mais baixos, deve permitir, conforme executivos de bancos, que o crédito cresça entre 4,5% e 8% no próximo ano, isso tanto para pessoa física quanto para empresas. O movimento se dará a despeito de 2017 terminar sem solução do ponto de vista fiscal, com a votação da reforma da Previdência postergada para o próximo exercício, e da agenda das eleições.
"De fato, os bancos estão otimistas em relação aos empréstimos ao consumidor", avalia o analista do Deutsche Bank, Tito Labarta. Ele atenta, no entanto, para o fato de que as eleições presidenciais devem trazer volatilidade, diante do potencial de candidatos extremos fazerem barulho e da ausência de um candidato amigável ao mercado.
Para Labarta, o saldo de empréstimos pode crescer ao redor dos 6% em 2017 e 8% em 2019. Mas, em geral, os analistas que acompanham o setor bancário estão mais céticos. Casas como Credit Suisse, BB Investimentos e Bradesco esperam que os empréstimos cresçam mais perto dos 4%, mesmo caso da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Isso porque, embora os bancos esperem compensar com volume a redução das margens por causa dos juros baixos, o temor de aumento futuro de inadimplência, lembra o executivo de uma grande instituição, faz com que o apetite, ainda que maior, continue seletivo.
Conforme as projeções divulgadas no fim da semana passada pelo Banco Central (BC), o saldo de crédito total deve crescer 3% no próximo ano, puxado pelas pessoas físicas. Enquanto os empréstimos para indivíduos devem se expandir em 7% no próximo ano. Para pessoas jurídicas, a autoridade monetária espera queda de 2%.
O início do ano servirá de termômetro no que tange à melhora na concessão de recursos. Pelos cálculos do BB Investimentos, a expansão acumulada em 12 meses deve voltar ao terreno positivo já no primeiro trimestre de 2018. "O crédito já está apresentando tração. O aumento da demanda é evidente no número de propostas diárias. Já sentimos aumento do crédito novo, e não só daquele para renegociação de dívida. Isso está ficando para trás", avaliou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.
No acumulado de 2017, o crédito caminha para mais um ano de retração, já que o financiamento novo ainda não é suficiente para suprir os vencimentos antigos. Até novembro, o saldo encolheu 1,3% ante igual intervalo de 2016, para R$ 3,064 trilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. 
Diante desse desempenho, o regulador revisou para baixo sua projeção, e espera que o saldo total de crédito não fique mais no zero a zero, mas que encolha 1%. Apesar disso, para este mês, os executivos demonstram mais otimismo.
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou que o mês marcará o maior desembolso do ano em termos de volume de crédito na instituição. O movimento, além da questão sazonal, reflete a retomada da economia brasileira. "A expectativa é de que a situação para os bancos seja melhor em 2018, com uma realidade melhor", afirmou o executivo.
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