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Economia

- Publicada em 23 de Dezembro de 2017 às 10:10

Após recuo em 2017, Petrobras retomará apoio ao esporte

Depois de cortar o financiamento a cinco modalidades olímpicas e enxugar o seu investimento em 2017, a Petrobras deve voltar a patrocinar o esporte com intensidade a partir do próximo ano.
Depois de cortar o financiamento a cinco modalidades olímpicas e enxugar o seu investimento em 2017, a Petrobras deve voltar a patrocinar o esporte com intensidade a partir do próximo ano.
A estatal está próxima de concluir acordo para apoiar a CBJ (Confederação Brasileira de Judô), reativar o Time Petrobras (com atletas olímpicos e paraolímpicos) e investir na McLaren, da F-1.
A estratégia é retomar, aos poucos, um programa de fomento que injetou R$ 311 milhões em patrocínio esportivo nos últimos quatro anos.
O judô foi um dos cinco esportes olímpicos que perderam os recursos da empresa em 2017 -os outros foram boxe, taekwondo, esgrima, remo e levantamento de peso.
Entre 2013 e 2016, a Petrobras aportou R$ 20,7 milhões nos cofres da CBJ. A modalidade é a que mais deu pódios olímpicos ao país (22).
A saída da estatal foi uma exceção para a confederação, que manteve seus patrocinadores depois dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 (Bradesco, Scania, Cielo e Mizuno). O provável acerto entre a empresa e a entidade deve compreender valores mais modestos.
Procurada pela reportagem, a CBJ confirmou que a negociação com a Petrobras está em andamento. Porém, afirmou que não há previsão de definição e anúncio.
A estatal, por sua vez, limitou-se a dizer que não vai se pronunciar a respeito de tratativas em progresso.
Além do judô, a reportagem apurou que outro esporte na mira da estatal é o skate, que nos Jogos de Tóquio-2020 vai passar a integrar o programa de modalidades olímpicas.
Contados os valores destinados às demais modalidades e ao Time Petrobras, projeto de patrocínio individual a atletas, a petrolífera aplicou R$ 85 milhões no movimento olímpico de 2011 a 2016 -valores corrigidos pelo IPCA.
Um percentual foi direcionado para o Time Petrobras, projeto do qual fizeram parte o líbero Serginho, ouro na Rio-2016 com a seleção masculina de vôlei, a judoca Mayra Aguiar, detentora de dois bronzes olímpicos, e Isaquias Queiroz, que foi três vezes ao pódio na Olimpíada-2016.
"A Petrobras também negocia renovação do Time Petrobras para o novo ciclo, com mistura de atletas consagrados com jovens promissores e foco nos próximos Jogos Olímpicos, em 2020. O Time Petrobras apresentou excelentes resultados no último ciclo, tanto do ponto de vista esportivo, quanto de comunicação", disse a estatal.
Na F-1, as tratativas com a McLaren têm se desenrolado desde março, e o anúncio do acerto deve ocorrer no início de 2018. Além de patrocinadora, a petrolífera fornecerá combustível para o time, que passará a usar motores Renault.
Em um segundo momento, outras equipes que usam propulsores da fabricante francesa também poderão seguir o mesmo caminho, como a própria Renault.
A Petrobras forneceu combustível para a Williams e a patrocinou entre 1998 e 2008 de maneira ininterrupta. Entre 2014 a 2016, foi apenas patrocinadora, aproveitando a presença de Felipe Massa.
"Já assinamos com dois patrocinadores que não anunciamos ainda. Então, no próximo ano, as pessoas podem esperar por grandes marcas em nosso carro", afirmou Zak Brown, diretor-executivo da McLaren em entrevista no mês passado em Abu Dhabi.
Neste ano, a Petrobras voltou a patrocinar o GP Brasil após um ano de ausência. O acordo não envolvia naming rights do evento, como ocorreu de 2009 a 2015. O contrato foi firmado diretamente com a FOM (Formula One Management), empresa que administra a categoria.
Após passar por crise sem precedentes em sua história, a Petrobras deu sinais de recuperação nesse ano.
Em novembro, anunciou lucro de R$ 266 milhões -abaixo do esperado- no terceiro trimestre e acenou com a possibilidade de encerrar o ano com lucro pela primeira vez desde 2013, antes da descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Até o mês passado, ela tinha um lucro acumulado do ano de R$ 5 bilhões. Como comparação, em 2016 ela teve prejuízo de R$ 14,8 bilhões.
Depois que anunciou o corte nas verbas para o esporte, a Petrobras mudou o perfil de investimento. Passou a apoiar corridas de rua, maratonas e travessias aquáticas.
Entre maio e junho, ela fez chamada pública para patrocinar projetos. Escolheu dois ligados a maratona aquática e um a corrida de rua.
Folhapress
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