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Ambulantes protestam em Porto Alegre após apreensão e destruição de mercadorias
No protesto, manifestantes colocaram fogo em contêineres e caixas no Centro de Porto Alegre
Bruna Suptitz/ESPECIAL/JC
Bruna Suptitz
Um dia depois da destruição de mercadorias apreendida pela prefeitura de camelôs, ambulantes reagiram com protesto no Centro de Porto Alegre. Desde o fim da manhã desta terça-feira (19), manifestação eclodiu na área das avenidas Borges de Medeiros com Salgado Filho.
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Um dia depois da destruição de mercadorias apreendida pela prefeitura de camelôs, ambulantes reagiram com protesto no Centro de Porto Alegre. Desde o fim da manhã desta terça-feira (19), manifestação eclodiu na área das avenidas Borges de Medeiros com Salgado Filho.
Contêineres de lixo foram virados e queimados. Fogo também foi colocado em caixas de frutas. No começo da tarde, o grupo acabou se dirigindo à área do Paço Municipal, onde fica o gabinete do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). As ruas foram desobstruídas após negociação entre Brigada Militar e ambulantes, que indicaram representantes para conversar com a prefeitura. Os bombeiros apagaram os focos de fogo.
> Assista às imagens no momento do protesto no Centro de Porto Alegre:
Os manifestantes ostentam revolta e reclamam que as ações com apreensão de produtos ocorre sem diálogo com quem atua na informalidade. Muitos deles gritam que precisam das mercadorias para ter renda no fim do ano. A proliferação de ambulantes se intensificou na área central da Capital em 2017, associada ao desemprego e menor fiscalização, que agora foi intensificada. Batalhão de Choque da Brigada Militar e Guarda Municipal, além de agentes da EPTC, monitoravam o protesto e condicionavam a saída da rua para negociar.
"Faz uma semana que estão apreendendo mercadorias", disse o ambulante Pedro Cardoso de Oliveira, citando que os ambulantes chegaram a tentar falar com o prefeito, mas não teriam conseguido. "Atua com isso há 40 anos e sustento filhos e netos." A ambulante Taís Pedroso da Silva mostrava notas de aquisição dos produtos. "Compramos nas galerias", diz ela, referindo-se a pontos de venda situados em prédios do Centro.
Desde as 9h, ocorre a primeira operação Movimento Legalidade com ações de combate ao comércio ilegal. O movimento foi lançado nessa segunda-feira (18) e teve como ponto alto a destruição na rua de mais de 50 mil itens que haviam sido apreendidos na semana passada pela fiscalização municipal.
Segundo a prefeitura, 170 homens da Guarda Municipal, 24 agentes de fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, três pelotões da Brigada Militar, Polícia Civil, Procon, Receita Federal, EPTC e DMLU estão na operação destra terça com focos na venda nas avenidas centrais. Os produtos apreendidos são recolhidos para o Cais Mauá, na orla do lago Guaíba.