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Política

- Publicada em 13 de Novembro de 2017 às 17:42

'PSDB já não é um partido sério desde FHC', diz Ciro

Ciro Gomes foi filiado de primeira hora da sigla dos tucanos em 1990

Ciro Gomes foi filiado de primeira hora da sigla dos tucanos em 1990


/MARIANA CARLESSO/JC
Ciro Gomes foi filiado de primeira hora do PSDB - em 1990, dois anos depois da fundação do partido, ele se elegeu governador do Ceará pela legenda. Nesta segunda-feira, após uma palestra em São Paulo, o hoje pré-candidato à presidência pelo PDT criticou o partido, rival em potencial nas eleições de 2018.
Ciro Gomes foi filiado de primeira hora do PSDB - em 1990, dois anos depois da fundação do partido, ele se elegeu governador do Ceará pela legenda. Nesta segunda-feira, após uma palestra em São Paulo, o hoje pré-candidato à presidência pelo PDT criticou o partido, rival em potencial nas eleições de 2018.
"O PSDB já não é mais um partido sério desde o (governo) Fernando Henrique Cardoso (FHC)", comentou, após participar de um debate na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Ele respondia a uma pergunta a respeito da crise interna do PSDB, que se divide em relação ao apoio a Michel Temer.
Na semana passada, as tensões no tucanato se acirraram quando Aécio Neves afastou Tasso Jereissati - antigo aliado de Ciro no Ceará - da presidência interina da legenda e nomeou o paulista Alberto Goldman.
"Isso aí é só um desdobramento da corrupção que o Fernando Henrique impôs à estrutura do PSDB", afirmou o pedetista, em crítica à aliança do ex-presidente tucano com lideranças do PMDB em seu governo (1995-2002).
"Renan Calheiros foi ministro da Justiça do Brasil, minha filha. Ninguém se lembra disso - eu não esqueço. Foi comandante em chefe da Polícia Federal. O Eliseu Quadrilha (em alusão a Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil) era ministro dos Transportes."
Segundo o pedetista, "quem não quer ver isso é o Jereissati, que e vota pela absolvição do Aécio num dia e, no dia seguinte, pede a renúncia. Estão pensando que estão enganando a quem?".
Trabalhando na costura de apoios para sua candidatura, Ciro tem repetido que se negará a tratar de alianças políticas com o PMDB: "É necessário, inadiável".
O pedetista contou que busca alianças em um "arco de esquerda democrática", com a participação de políticos de centro.
"Neste momento, nem eu nem ninguém tem a capacidade de responder a essa pergunta (quem serão seus aliados)."
Ele comparou a pré-corrida presidencial a um treino de Fórmula 1, em que "cada carro está fazendo seu trecho sozinho, para conhecer o circuito" e, assim, conseguir "obter um bom lugar no grid de largada".
No entanto, o ex-governador do Ceará conta que tem conversado formalmente com PSB, PCdoB e PT - em 2018, poderá dividir palanques com Lula em ao menos três estados (Piauí, Ceará e Bahia).
Ciro falou a estudantes e professores da FAAP acompanhado pelo filósofo Luiz Felipe Pondé, professor da instituição e colunista da Folha de S.Paulo, e pelo fotógrafo J.R. Duran, que lançava na ocasião a 10º edição de sua "Revista Nacional".
Pondé, durante a palestra, afirmou que enxerga no Brasil uma polarização eleitoral entre o populismo de esquerda, representado pelo ex-presidente Lula, e o populismo de direita, simbolizado pelo Jair Bolsonaro. "Eu não sou de centro. Essa percepção paulista de que haveria um lugar que adjetivamente se chama de centro para proteger a gente de um populismo de esquerda, que é o Lula - se o Lula for de esquerda, eu sou um perigoso comunista", disse Ciro.
 
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