Pelo segundo mês seguido, a Polícia Civil está em greve no Rio Grande do Sul. A paralisação, que começou ontem, foi motivada pelos parcelamentos salariais promovidos pelo governo. Segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), está garantido o atendimento a idosos, crianças e mulheres vítimas de violência. Casos de urgência também estão sendo atendidos.
De acordo com Isaac Ortiz, presidente do Ugeirm, a adesão é de quase 100%. "Não é uma greve inventada de uma hora para a outra, vem sendo construída a partir de 24 meses de parcelamentos. Estamos pedindo algo básico, que é receber o salário do mês." Segundo o sindicato, servidores estão nas delegacias, orientando as pessoas que buscam os serviços interrompidos. Ocorrências consideradas sem urgência devem ser feitas pela Delegacia Online (
www.delegaciaonline.rs.gov.br).
Em nota, a Polícia Civil reforça que "os agentes têm direito a manifestação, mas esta deve observar os parâmetros legais, evitando-se prejuízos à população". O texto reforça que a sociedade "não ficará desamparada, mesmo nos momentos mais difíceis".
Uma mesa de negociação entre governo e grevistas está marcada para amanhã, mas o presidente da Ugeirm considera "muito difícil" que haja qualquer avanço no encontro. Os policiais devem seguir de braços cruzados até a integralização dos salários - o que, segundo o governo gaúcho, deve ocorrer até o dia 14 de novembro.