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- Publicada em 05 de Novembro de 2017 às 17:43

Redação do Enem aborda educação de surdos

Alvo de ação judicial contra a anulação em caso de desrespeito aos direitos humanos, a redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) foi aplicada ontem para milhões de candidatos em todo o Brasil. O tema da vez tinha, de fato, um viés social - os desafios para a formação educacional de surdos no País. Neste ano, o Enem também ofereceu pela primeira vez um novo recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, a videoprova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Alvo de ação judicial contra a anulação em caso de desrespeito aos direitos humanos, a redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) foi aplicada ontem para milhões de candidatos em todo o Brasil. O tema da vez tinha, de fato, um viés social - os desafios para a formação educacional de surdos no País. Neste ano, o Enem também ofereceu pela primeira vez um novo recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, a videoprova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Para o professor e supervisor de português do curso Anglo de São Paulo, Sérgio Paganin, um aluno com boa capacidade de leitura e com uma visão diversificada do tema deve sair na frente. "Por ser um assunto que os alunos dominam pouco, espera-se que a coletânea de textos de apoio ajude o candidato a construir uma reflexão sobre o tema", aponta.
A abordagem de temática social segue tendência dos últimos anos. No ano passado, o tema foi "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil". Violência contra a mulher, publicidade infantil, lei seca e movimento imigratório também foram tratados nos últimos anos.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado de manter a proibição da anulação da redação em casos de desrespeito aos direitos humanos causou mudanças de última hora nas regras de correção. A previsão de nota zero para textos que incluam defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de justiça com as próprias mãos existia nos editais do Enem desde 2013, mas só foi questionada agora, em ação movida pela Associação Escola Sem Partido.
Quem decidiu foi a ministra Cármen Lúcia, que entendeu que proibir o desrespeito aos direitos humanos, como prevê o edital da prova, implicaria limitar a liberdade de expressão. "Não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal", escreveu, na decisão. Tanto a Procuradoria-Geral da República como a Advocacia-Geral da União pediam ao STF que não mantivesse a proibição.
Além de escrever a redação, os estudantes responderam a 90 questões sobre Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. No domingo que vem, dia 12 de novembro, será a vez das provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Dos cerca de 6,7 milhões de inscritos, mais de 294 mil estão no Rio Grande do Sul.
Dos 6,73 milhões de inscritos, 30,2% não compareceram ao primeiro dia de provas. Esse é o maior índice de abstenção desde 2009, quando foram registradas 37,7% de ausência. No total, 273 pessoas foram eliminadas no primeiro dia, sendo que 264 foram por descumprimento das regras gerais do edital e nove por terem algum equipamento identificado pelos detectores de metal. Em 2016, o exame teve 3.942 eliminações ao final do primeiro dia e 4.780 no segundo.
 
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