Os contratos futuros de petróleo operam de lado, após fecharem em alta na sessão anterior. Os contratos têm sido apoiados pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio, em meio a uma investida contra a corrupção na Arábia Saudita e diante do aumento nas tensões entre esse país e o Irã.
Às 9h23min (de Brasília), o petróleo WTI para dezembro caía 0,12%, a US$ 57,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro subia 0,06%, a US$ 63,97 o barril, na ICE.
A Arábia Saudita prendeu 201 indivíduos, entre príncipes, empresários e funcionários públicos, após uma investigação de 3 anos segundo a qual cerca de US$ 100 bilhões de fundos estatais teriam sido desviados. As ações ajudaram o petróleo a bater máximas em mais de dois anos nesta semana.
"A Arábia Saudita é o segundo maior produtor de petróleo, após a Rússia, é o maior exportador e o país com maior capacidade ociosa, portanto, obviamente se algo inesperado ocorre num país tão importante para o setor, há um prêmio de risco no preço", avalia Giovanni Staunovo, analista do UBS Wealth Management.
O episódio ocorre depois de uma alta recente em riscos geopolíticos em outros produtores, como Venezuela e Iraque, lembra Staunovo.
Analistas dizem que os investidores já contam com uma extensão dos cortes atuais na produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O grupo deve se reunir no dia 30 e discutir uma extensão por mais nove meses, até o fim de 2018, do atual acordo para conter a oferta. Caso isso não se confirme, o acordo termina em março do próximo ano.
"O mercado ainda está convencido de que a Opep terá sucesso em restringir o mercado em um nível suficiente ao estender seus cortes na produção", afirma o Commerzbank em nota. Qualquer resultado inferior a uma extensão por nove meses, contudo, geraria uma correção para baixo nos preços, de acordo com analistas.