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Economia

- Publicada em 03 de Novembro de 2017 às 18:46

Taxas de juros sobem com dólar e preocupações com eleições e Previdência

Agência Estado
Os juros futuros firmaram-se à tarde em alta e mantiveram a trajetória até o fechamento apoiados em boa medida na valorização do dólar em dia negativo para moedas de economias emergentes. Incertezas quanto ao cenário eleitoral doméstico, reforma da Previdência e agenda econômica do governo Temer contribuíram para o avanço.
Os juros futuros firmaram-se à tarde em alta e mantiveram a trajetória até o fechamento apoiados em boa medida na valorização do dólar em dia negativo para moedas de economias emergentes. Incertezas quanto ao cenário eleitoral doméstico, reforma da Previdência e agenda econômica do governo Temer contribuíram para o avanço.
O momento mais tenso do dia foi registrado no começo da tarde, quando a taxa do contrato para janeiro de 2021, termômetro de percepção de risco, chegou a abrir quase 30 pontos-base. Esse ajuste ocorreu em meio à repercussão nas mesas de operação de notícias envolvendo o nome do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quando ele integrava conselho da J&F.
Reportagem da revista Piauí destaca que o ministro no início "integrou um conselho consultivo da J&F criado especialmente para ele". A partir de 2014, porém, ele passou a presidente do conselho de administração da holding, cargo que ocupou até entrar no governo Temer. De acordo com a reportagem, Meirelles teria dito ao ser perguntado sobre o que fazia como presidente do conselho: "Nada. O conselho nunca se reuniu." "Mas o conselho continuou existindo, e, entre 2014 e 2016, registrou cinco atas assinadas por Meirelles na Junta Comercial de São Paulo, todas referentes à aprovação de contas, eleição e renúncia de conselheiros", afirma a Piauí.
A Fazenda divulgou nota afirmando que a atuação do conselho de administração da holding J&F - controladora da JBS - foi apenas formal enquanto era presidido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e que nenhum assunto operacional foi levado ao conselho nesse período.
Segundo analistas, informações assim ajudam a gerar ruídos no mercado, que manteve percepção ruim diante de um cenário doméstico já incerto. Já havia desconforto dos investidores com outras notícias, como a de que o PMDB busca alianças com petistas e de que o pacote fiscal do governo Temer deve enfrentar resistência não só da oposição como da própria base aliada no Congresso, ambas do Broadcast. "Os DIs longos também abrem mais porque os investidores demandam mais prêmio para investir", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
A taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 7,28% no encerramento da sessão estendida desta sexta-feira, de 7,27% quarta-feira no ajuste. A do DI para janeiro de 2021 alcançava 9,40%, de 9,26%, e a do DI para janeiro de 2023 avançava de 10% no ajuste de quarta-feira para 10,14%.
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