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Defesa

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 21:39

Marinha põe em operação seu navio mais importante

Docas Multipropósito tem capacidade de ser navio capitânia de esquadra de helicópteros antissubmarinos

Docas Multipropósito tem capacidade de ser navio capitânia de esquadra de helicópteros antissubmarinos


MARINHA DO BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
O mais importante e imponente navio da Marinha do Brasil, o Doca Multipropósito Bahia, foi "homologado" há alguns dias - isto é, está, agora, plenamente operacional, condição que foi obtida durante uma viagem de ida e volta entre o Rio de Janeiro e Santos, no litoral paulista.
O mais importante e imponente navio da Marinha do Brasil, o Doca Multipropósito Bahia, foi "homologado" há alguns dias - isto é, está, agora, plenamente operacional, condição que foi obtida durante uma viagem de ida e volta entre o Rio de Janeiro e Santos, no litoral paulista.
Como o navio é dotado de dois conveses de voo para helicópteros, faltava apenas poder operar à noite com essas aeronaves ditas de "asas rotativas". Isso foi feito, e o Doca Multipropósito Bahia está apto a cumprir todas as missões que sua denominação diferenciada define. Multipropósito significa - como o próprio nome, autoexplicativo, indica - servir para várias finalidades.
Como informa a Marinha, o navio serve para "transportar e controlar embarcações de desembarque, viaturas anfíbias e carros de combate; conduzir movimento navio-terra por superfície ou helitransportado; realizar atividades benignas em assistência humanitária e em casos de desastres naturais; dar apoio à realização de operações especiais; prover apoio logístico; e efetuar operações de busca e salvamento".
O Doca Multipropósito Bahia também pode servir de navio capitânia de uma esquadra e lançar helicópteros antissubmarinos ou armados com mísseis antinavios. Andar pelo navio requer resistência; ele é enorme, tem vários "conveses" - isto é, andares. Existe até um pequeno elevador, de uso exclusivo do comandante, mas que faz a ligação do quarto ao sétimo convés.
A maior parte do tempo se passa subindo e descendo escadas, e se perdendo por inúmeros corredores, que ainda têm placas de ruas de Marselha, cidade francesa a que era ligada o navio.
Mas justamente por ter bastante espaço - o Bahia tem uma tripulação de 299 militares e pode embarcar 359 homens de tropa, normalmente fuzileiros navais -, os camarotes são confortáveis.
E a "praça de armas", o salão no quarto convés onde os oficiais fazem suas refeições e descansam, parece tirada de um navio de cruzeiro. É ideal para recepcionar as autoridades, uma função tradicional de um navio de guerra.
O Doca Multipropósito Bahia foi adquirido da Marinha francesa - na qual se chamava Siroco -, como uma "compra de ocasião". Isto é, foi colocado à venda já pronto, em vez de ser projetado e construído no país. Mas, segundo os especialistas no assunto, valeu cada euro pago por ele.
Além da capacidade de operar três helicópteros de cada vez, o navio tem uma "doca" da qual entram e saem embarcações de desembarque. Seu armamento é apenas defensivo, mísseis de curto alcance e metralhadoras. Mas a versatilidade também fica clara pelas extensas instalações hospitalares a bordo.
Até agora, o navio mais importante da Marinha era o porta-aviões São Paulo - igualmente francês, cujo nome anterior era Foch. Ele cumpriu sua missão de fazer a Marinha operar de novo aviões de asas fixas, algo que tinha sido paralisado na década de 1960, e está, agora, desativado.
O Bahia é menor, tem menos da metade do deslocamento, mas é mais versátil. Ele foi transferido para a Marinha do Brasil em 17 de dezembro de 2015, em Toulon, cidade ao Sul da França.
Os franceses construíram recentemente uma classe mais moderna desse tipo de navio porta-helicópteros de "intervenção e projeção", a Mistral. Por isso, o Siroco se tornou disponível e foi colocado à venda.
A estrutura hospitalar inclui duas salas de cirurgia, oito leitos de terapia intensiva, três leitos para queimados, quatro leitos de triagem, 24 leitos de extensão, além de consultórios médicos e odontológicos, laboratório e sala de raio X.

Para ministro, País precisa defender a costa

Oliveira explicou o valor do orçamento para a empresa da Marinha

Oliveira explicou o valor do orçamento para a empresa da Marinha


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/JC
Ao apresentar as justificativas para o uso de recursos públicos do orçamento de 2018 para capitalização de empresas estatais, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, argumentou que é fundamental capitalizar a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), estatal ligada à Marinha, porque o Brasil não dispõe de navios para defender sua costa.
A proposta orçamentária para 2018 destina R$ 1,5 bilhão à Emgepron. "Tem a questão da Emgepron, que é ligada à Marinha, que também tem uma previsão que basicamente é para a reconstrução de nossa frota de corvetas, porque o Brasil, hoje, não tem navio para defender nossa costa", explicou Oliveira.
"Estamos completamente sem nenhum navio novo para proteger a nossa costa. Temos um conjunto, se não me engano, de 12, dos quais quatro estão no final da vida útil, e aí ficaríamos com oito corvetas para defender toda a costa brasileira."
Para o ministro, essa previsão de capitalização da Emgepron vai dar condições para que ela retome a construção dessas embarcações para defender a costa brasileira", explicou Oliveira, em audiência pública na Comissão Mista do Orçamento, na Câmara dos Deputados.
Oliveira citou, também, a necessidade de fazer uma reserva orçamentária para a Infraero, de forma a capitalizá-la para acompanhar os investimentos previstos para os aeroportos concedidos que a têm como acionista. "Como a Infraero ficou dentro do modelo de concessão de aeroportos, com 49% das ações, ela tem de acompanhar as empresas privadas para a capitalização para o investimento desses aeroportos", justificou Dyogo Oliveira.
A expectativa é de que a Lei Orçamentária de 2018 seja aprovada pelos parlamentares antes do recesso de fim de ano. No entanto, em função das alterações feitas pelo governo federal nesta semana, é possível que o trâmite do texto sofra algum atraso. A lei antecipa a receita que deve ser arrecadada e determina o limite das despesas para o ano que vem.
 

Exercício de ajuda define norma de ação

O Amazonlog 2017, exercício de ajuda humanitária na Amazônia liderado pelo Exército em parceria com militares da Colômbia, Peru e EUA terminou no domingo com a promessa de definir protocolos de ação das Forças Armadas em desastres na região.
Após uma semana de simulações a partir da base militar em Tabatinga (AM), a 1.100 quilômetros de Manaus, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, ficou claro que a atuação treinada não tem relação com a realidade de tropas e recursos da região.
Em uma simulação de um acidente em uma balsa no rio Solimões, por exemplo, foram empregados dois helicópteros, três lanchas, dois navios da Marinha (um deles um hospital flutuante), além de equipes do Ibama e viaturas do corpo de bombeiros local e defesa civil.