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Opinião

- Publicada em 05 de Outubro de 2017 às 16:15

Idosos buscam recolocação no mercado de trabalho

O Brasil envelheceu nos últimos 25 anos. Por isso, ter 60 anos e, daí em diante, ficar em casa, por causa da chamada velhice, não está mais nos planos de milhões de brasileiros.
O Brasil envelheceu nos últimos 25 anos. Por isso, ter 60 anos e, daí em diante, ficar em casa, por causa da chamada velhice, não está mais nos planos de milhões de brasileiros.
Os que estão hoje na chamada Terceira Idade, ou Melhor Idade, por certo, se lembram que, quando eram adolescentes, quem tinha em torno de 45 anos, para eles, "era um velho". Pois os tempos mudaram, e hoje ter 60 anos, e mesmo idade superior, não é nada demais, é comum.
Além disso, a maioria dos idosos está de bem com a vida, muitos ainda trabalhando no mesmo ou em outros empregos, e as doenças têm sido evitadas através de prevenção e visitas periódicas aos médicos.
Tanto é verdade que já ocorreu, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, uma inusitada feira com ofertas de emprego para quem tinha mais de 60 anos. Na ocasião, mais de mil pessoas se cadastraram. É uma boa ideia, adotada nos Estados Unidos desde os anos de 1970, principalmente para recrutar operadores de caixa em lojas e supermercados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que, em 2020, o número de idosos do planeta será maior do que o de crianças. Dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a nossa população acima dos 60 anos, que hoje é de 16 milhões de pessoas, chegará a 58,4 milhões nos próximos 40 anos.
É que estamos envelhecendo mais - a expectativa de vida está em 74 anos aqui no Rio Grande do Sul -, e os brasileiros estão se casando com 30 anos ou além.
Mas a taxa de fecundidade no Brasil está em 1,8 filho por mulher, quando a média mundial é de 2,1 filhos. Por isso, a constatação óbvia é a de que a população brasileira está mais velha.
Isso acarreta problemas na Previdência Social, que tem que arcar com custos de aposentadorias e pensões por mais e mais tempo do que há 25 ou 30 anos.
Porém, a taxa de natalidade no Brasil terá estabilidade por cerca de duas décadas e, depois, começará a cair, ou seja, a população diminuirá, na comparação entre nascimentos e mortes.
Isso acontece em países da Europa, nos quais o governo, caso de Portugal, tem dado generosas quantias para que os casais tenham até três filhos. Tendo apenas dois, haverá somente reposição. Com três, teoricamente, haverá mais um habitante.
Desde 2005, as taxas de fecundidade no Brasil têm sido inferiores ao nível necessário para a reposição da população. Ou seja, um casal deveria ter, para repor a população, pelo menos dois filhos. Isso apenas para manter o mesmo número.
Mas, no Rio Grande do Sul, temos uma fertilidade de apenas pouco mais do que um bebê por mulher. Em certas regiões, não chega a um bebê por mulher. Há algumas décadas, era comum ter um bom número de filhos - três, quatro, até cinco crianças.
Os tempos mudaram. E os brasileiros estão vivendo mais, consequentemente, a população está envelhecendo. E, vivendo mais, busca manter a atividade.
Em paralelo a um mercado de trabalho mais amistoso para idosos, os jovens têm muitas dificuldades em encontrar colocação nos dias atuais.
Isso é um grave problema, pois eles são a parcela da população que ainda está construindo uma vida na sociedade. Têm, pois, que trabalhar. A solução, com certeza, virá com mais progresso econômico e a geração de empregos.
 
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