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Opinião

- Publicada em 04 de Outubro de 2017 às 15:37

Cínicos unidos pela corrupção

Aécio Neves (PSDB) não deveria estar no Senado há meses. Se tivesse o mínimo de dignidade, estaria trabalhando na sua defesa, porque é um direito alienável dele, fora do Congresso Nacional desde que as denúncias se tornaram praticamente irrefutáveis. Mas teima em permanecer.
Aécio Neves (PSDB) não deveria estar no Senado há meses. Se tivesse o mínimo de dignidade, estaria trabalhando na sua defesa, porque é um direito alienável dele, fora do Congresso Nacional desde que as denúncias se tornaram praticamente irrefutáveis. Mas teima em permanecer.
Para completar o quadro de falta completa de pudor, ameaça, junto com aliados de várias matizes, descumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afasta do mandato de senador e determina o seu recolhimento noturno. Tal decisão do STF gerou uma reação cínica e inacreditável dos políticos, principalmente daqueles envolvidos na Lava Jato.
Uma das repercussões imediatas foi o movimento do presidente Michel Temer (PMDB) para mobilizar sua base no Senado com o objetivo de salvar a pele do aliado.
E não surpreende que o PT, de Lula e Dilma Rousseff, também tenha se juntado na defesa. Quando se trata de tramar contra a Lava Jato, PT, PMDB e PSDB estão juntos faz tempo. Porém, nada disso que está acontecendo pode ser considerado natural. Que país é esse onde o presidente da República mobiliza senadores e incita-os a descumprir uma decisão da Suprema Corte? Isso é inconcebível no Estado Democrático de Direito. Tal atitude joga o País no abismo da impunidade e da desfaçatez.
Mas a situação se explica pela situação do próprio Temer, também envolvido em denúncias. O presidente precisa do PSDB de Aécio para não deixar seu governo naufragar na Câmara, onde tramita contra si denúncia por corrupção e formação de quadrilha. Sem apoio político, é o próprio Temer que volta para casa sem cargo.
Então eles (Temers, Aécios e Lulas) se agarram ao poder e até se aliam para manter cargos. Negam a corrupção com um cinismo hollywoodiano.
Enquanto isso, saturados de tantos escândalos, os brasileiros não vão às ruas por não crerem mais em solução. Mas não custa repetir: a união dos afogados na lama não pode vencer a esperança dos brasileiros de boa índole. É preciso resistir.
Deputado federal (Rede)
 
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