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Internacional

- Publicada em 02 de Outubro de 2017 às 16:13

Catalunha discute próximos passos para declarar independência

O governo da Catalunha se reuniu ontem para discutir os próximos passos em seu plano de declarar a secessão da Espanha, após um plebiscito ser marcado pela violência policial. O governo da Espanha insiste que o processo foi ilegal e, portanto, não tem validade.
O governo da Catalunha se reuniu ontem para discutir os próximos passos em seu plano de declarar a secessão da Espanha, após um plebiscito ser marcado pela violência policial. O governo da Espanha insiste que o processo foi ilegal e, portanto, não tem validade.
O plebiscito e o impasse subsequente levaram a Espanha e a Catalunha a se aproximarem de uma disputa, já que cada lado afirma que não cederá. O presidente catalão, Carles Puigdemont, comandou a reunião de gabinete, que avaliou se será feito um pedido ao Parlamento regional por um voto de uma declaração de independência ainda nesta semana. O premiê espanhol, Mariano Rajoy, por sua vez, se reuniu com lideranças do governista Partido Popular, antes de convocar uma reunião no Parlamento para discutir como confrontar a crise.
Dezenas de jovens catalães protestavam ontem diante da sede da Polícia Nacional em Barcelona após embates violentos terem deixado quase 900 feridos no plebiscito. Importantes sindicatos da Espanha convocaram uma greve geral na Catalunha para hoje para protestar contra a violência policial.
Há profunda incerteza sobre o cenário dos próximos dias. O governo catalão considera que seu plebiscito teve sucesso e planeja enviar os resultados ao Parlamento para que declare sua independência de maneira unilateral. Segundo Barcelona, 90% dos eleitores votaram pelo "sim" - uma cifra frágil diante do comparecimento de apenas 2,2 milhões de pessoas às urnas, o que equivale a 42% de eleitores.
Não há a possibilidade de que o governo central reconheça a independência, tampouco se espera que o restante do mundo dê o seu aval. Rajoy estuda a possibilidade de aplicar o chamado Artigo 155, que revogaria temporariamente a autonomia catalã e imporia eleições antecipadas. Há o apoio do partido de centro-direita Cidadãos, mas seria necessário convencer os socialistas do Psoe.
A Catalunha já dispõe atualmente de uma série de liberdades excepcionais na Espanha, como seu próprio Parlamento e polícia (os chamados Mossos). Mas sua classe política tem mobilizado a população em torno do sonho de um Estado próprio. Um dos principais argumentos é econômico. A Catalunha produz 20% do PIB espanhol, que é hoje da ordem de US$ 1,2 trilhão. O território tem também sua própria língua, o catalão, aparentado do francês.
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